Assento Parlamentar (BE)por Adelino Lopes(Militante do Bloco de Esquerda)
Pequeníssimo contributo para a história da génese da corrupção
Há uns anos, um cronista da nossa imprensa (cujo nome lamento profunda e sinceramente não conseguir recordar) brindou-nos com a melhor das definições do princípio da CORRUPÇÃO. Creio que o título da crónica era mais ou menos isto: Se houver algum problema, DIZ QUE VAIS DA MINHA PARTE.
Este DIZ QUE VAIS DA MINHA PARTE não me tinha, até aí, soado a nada.
Faz tanto parte da nossa vida de portugueses como os coentros, a salsa, o louro, o azeite; ou como ter que acordar todos os dias para ir trabalhar, estudar ou passear a indigência; ou ainda como achar perfeitamente natural que a mulher continua a ser a mulher-mãe-mudadora de fraldas-mamadeira-cozinheira-frágil-companheira-de-tudo-feliz por tudo isso e por ser mãe-porque parir não custa nada e por ter filhos é que se é mulher e/ou ser humano glorificado e o marido gosta, gosta imensamente e se sente um herói porque também muda fraldas, e “ajuda” a outra e mais ainda porque ela é uma ministra, executiva, professora ou secretária de direcção nunca abdicando de ser esposa; ou ainda como, a um nível socialmente muito mais elevado na minha terra, um delegado de equipa a um jogo de futebol da 3ª divisão distrital, janta candidamente com o árbitro após o encontro, depois de ter dado dois sopapos no “outro” mafioso, porque isso é absolutamente natural na defesa da nossa dignidade; finalmente, como ter o(a) amigo(a) numa qualquer repartição pública, numa qualquer secção de pessoal privada, num departamento de estado, autarquia ou coisa que o valha, e sentir (muito mais que pensar) que ele(ela) nos deve o supremo favor de sermos amigos(as) de infância ou de circunstância.
O segredo de tudo isto encontra-se, porém, no denominador comum: a MINHA PARTE é sempre a parte mais forte, o lado do PODER, quaisquer que sejam as formas que assuma. Mesmo no caso dos coentros ou dos rabanetes: fossem eles gente, e optariam pelo lugar de condimentos de refeições mais nobres, mais jet. Com claras dificuldades de integração no meio, a beldroega, perdida entre calçadas ou escalrracho, poderá sempre pedir uma audiência ao chef, mas nunca sem a mediação do coentro, que a aconselhará a dizer, antes de mais, que “VAIS DA MINHA PARTE”.
IR DA PARTE DE transformou-se em instituição nacional, quase num axioma e, em certos casos, em verdadeiros arroubos de patriot(eir)ismo. Tão transversal a esta riquíssima e lusa comunidade como um verdadeiro campeonato do mundo de futebol, onde se compara a qualificação da selecção nacional para o Mundial da África do Sul com a passagem do Cabo das Tormentas. Tenho sérias dificuldades (ou dificuldades de aprendizagem, quem sabe?) em encontrar esta mãe d’água…
Adelino Lopes - 27-11-2009 10:11
in:http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=11631
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Mariana Aiveca apresenta Projecto-Lei para Reforma aos 40 anos de descontos
Mariana Aiveca, deputada da Assembleia da República eleita pelo nosso distrito!
Notícia retirada do Site Distrital de Setúbal do Bloco de Esquerda
"É preciso pedir desculpa a uma geração que foi prejudicada pelo trabalho infantil e que deve ter direito a viver com dignidade", salientou a deputada Mariana Aiveca do Bloco de Esquerda.
A Assembleia da República debateu, nesta Quarta feira, um projecto de lei do Bloco de Esquerda e outro do PCP para que os trabalhadores tenham direito à reforma completa aos 40 anos de trabalho e de descontos, independentemente da idade com que se reformam.
Notícia retirada do Site Distrital de Setúbal do Bloco de Esquerda
"É preciso pedir desculpa a uma geração que foi prejudicada pelo trabalho infantil e que deve ter direito a viver com dignidade", salientou a deputada Mariana Aiveca do Bloco de Esquerda.
A Assembleia da República debateu, nesta Quarta feira, um projecto de lei do Bloco de Esquerda e outro do PCP para que os trabalhadores tenham direito à reforma completa aos 40 anos de trabalho e de descontos, independentemente da idade com que se reformam.
PS e PSD intervieram, nesta Quarta feira na AR, contra a proposta de direito à reforma completa, para quem tenha trabalhado e descontado durante 40 anos.
O PS, que já na anterior legislatura se tinha oposto a idêntica proposta do Bloco de Esquerda, voltou a manifestar-se contra. Sónia Fertuzinhos, deputada do PS, disse que "com estas propostas, a ruptura da Segurança Social não era daqui a uns anos, era no próximo Orçamento de Estado". É um argumento estranho para um partido que se vangloria de ter impedido a ruptura da Segurança Social. Sónia Fertuzinhos considera que a Lei de Bases da Segurança Social já bonifica as longas carreiras contributivas.
Quanto ao PSD, o deputado Adão Silva disse que as propostas seriam aceitáveis "em tempos normais", mas que com a crise poderiam pôr em causa a sustentabilidade da segurança social. Em Janeiro passado, o PSD tinha-se abstido numa proposta semelhante apresentada pelo Bloco de Esquerda.
PS e PSD unem-se contra a reforma para quem trabalhou e descontou durante 40 anos e argumentam com a crise, o mesmo argumento que tem justificado o socorro do Estado aos bancos, como o BPN.
As propostas do Bloco e do PCP serão votadas pela Assembleia da República na próxima Sexta feira.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
O desespero saiu á rua: Lá prós lados da Comporta
Sem que a oposição(BE) estivesse ou esteja a pôr em causa a vitória da CDU, o Bloco e o PS continuam a ser as forças que num somatório de votos estão em maioria!
A intransigência e a falta de respeito pelos outros, fez com que a CDU passasse a usar a mentira e o autoritarismo como arma de arremesso, para com os que votaram neles e para com os outros partidos políticos.
Sem escrúpulos, sem respeito, sem limites e acima de tudo sem leis, fizeram sair para a rua um comunicado usando uma linguagem pouco acessível e sem base legal ou jurídica.
Isto só demonstra a pouca certeza que têm em relação à forma usada em todo o processo que levou ao clima que se instalou nas Assembleias de Freguesia.
Querendo o Bloco de Esquerda, transparência, justiça, e mudar o rumo do clima vivido nos últimos anos e nos últimos dias.
Vamos continuar sem pactos que sejam pouco favoráveis às populações e aos destinos da nossa Freguesia!
Pela Freguesia da Comporta e pelo desenvolvimento da mesma, vamos lutar e usar a legalidade; como membros de uma oposição que se quer forte e cooperante!
A intransigência e a falta de respeito pelos outros, fez com que a CDU passasse a usar a mentira e o autoritarismo como arma de arremesso, para com os que votaram neles e para com os outros partidos políticos.
Sem escrúpulos, sem respeito, sem limites e acima de tudo sem leis, fizeram sair para a rua um comunicado usando uma linguagem pouco acessível e sem base legal ou jurídica.
Isto só demonstra a pouca certeza que têm em relação à forma usada em todo o processo que levou ao clima que se instalou nas Assembleias de Freguesia.
Querendo o Bloco de Esquerda, transparência, justiça, e mudar o rumo do clima vivido nos últimos anos e nos últimos dias.
Vamos continuar sem pactos que sejam pouco favoráveis às populações e aos destinos da nossa Freguesia!
Pela Freguesia da Comporta e pelo desenvolvimento da mesma, vamos lutar e usar a legalidade; como membros de uma oposição que se quer forte e cooperante!
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
A propósito da Assembleia Municipal
Em Bloco Alcácer é diferente. Isso ficou provado na Assembleia Municipal de dia 30 de Outubro!
A quem pretendia promover a bipolarização na Assembleia demonstramos que, pelo contrário, é possível ampliar o espaço de participação democrática e afirmar propostas alternativas.
Por nossa iniciativa, a votação para a Mesa da Assembleia não se fez por lista – o que favoreceria apenas o PS e a CDU - mas, antes, através do voto uninominal – abrindo a possibilidade de participação a todas as forças políticas.
Na eleição para a Mesa apresentamos a nossa candidatura a todos os cargos afirmando, desse modo, a independência, a autonomia e a alternativa do Bloco. Essa afirmação acabou por condicionar a força política maioritária na Assembleia, a CDU, a mudar a sua orientação de voto para o 2º Secretário e a votar na candidatura do Bloco.
Para impedir uma mesa com dois representantes do PS, face à impossibilidade de eleger o seu representante, à CDU não restava outra hipótese senão votar no Bloco.
Deste modo, a CDU ajudou a construir uma mesa para a Assembleia Municipal com várias forças partidárias (PS/CDU/BE) coisa que dias antes inviabilizara para a Junta de Freguesia da Comporta. Importa esclarecer, desde logo, que consequências retira a Presidente da Junta de Freguesia da Comporta (CDU) do seu voto na Assembleia?
Com a eleição para a Mesa da Assembleia o deputado do BE viu reconhecida a sua relevância política e conseguiu uma maior notoriedade. Nessa Mesa estará, como declarou, atento ao sentido de toda e qualquer proposta dos partidos e autarcas do Concelho. Dirá sim às que no entender do Bloco beneficiem a maioria da população. Dirá não às que suscitarem dúvidas. Como frisou, venham as propostas de que partido vierem.
A quem pretendia promover a bipolarização na Assembleia demonstramos que, pelo contrário, é possível ampliar o espaço de participação democrática e afirmar propostas alternativas.
Por nossa iniciativa, a votação para a Mesa da Assembleia não se fez por lista – o que favoreceria apenas o PS e a CDU - mas, antes, através do voto uninominal – abrindo a possibilidade de participação a todas as forças políticas.
Na eleição para a Mesa apresentamos a nossa candidatura a todos os cargos afirmando, desse modo, a independência, a autonomia e a alternativa do Bloco. Essa afirmação acabou por condicionar a força política maioritária na Assembleia, a CDU, a mudar a sua orientação de voto para o 2º Secretário e a votar na candidatura do Bloco.
Para impedir uma mesa com dois representantes do PS, face à impossibilidade de eleger o seu representante, à CDU não restava outra hipótese senão votar no Bloco.
Deste modo, a CDU ajudou a construir uma mesa para a Assembleia Municipal com várias forças partidárias (PS/CDU/BE) coisa que dias antes inviabilizara para a Junta de Freguesia da Comporta. Importa esclarecer, desde logo, que consequências retira a Presidente da Junta de Freguesia da Comporta (CDU) do seu voto na Assembleia?
Com a eleição para a Mesa da Assembleia o deputado do BE viu reconhecida a sua relevância política e conseguiu uma maior notoriedade. Nessa Mesa estará, como declarou, atento ao sentido de toda e qualquer proposta dos partidos e autarcas do Concelho. Dirá sim às que no entender do Bloco beneficiem a maioria da população. Dirá não às que suscitarem dúvidas. Como frisou, venham as propostas de que partido vierem.
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