domingo, 29 de abril de 2012

A Torre do Relógio vai cair!?



Na última Assembleia Municipal – 27 de Abril – o Deputado do Bloco de Esquerda lembrou ao executivo PS que a Torre do Relógio necessita de uma recuperação urgente. Por um lado, é um monumento de Alcácer e, por outro lado, a sua degradação coloca em risco a segurança de pessoas e bens. 
Resposta de Pedro Paredes: A torre vai cair!. Diz o Presidente que não há nada a fazer porque nem todo o orçamento da câmara chegaria para reparar a Torre.(!!!) Paredes foi mais longe, não é só a Torre que vai cair, é todo aquele talude que está em risco de cair
Quando confrontado pela Assembleia com a gravidade desta situação e a necessidade de tomar medidas que garantam a segurança pública, Paredes respondeu que não há nada a fazer e temos que aguentar o risco daquele talude cair
Enfim, o executivo PS no seu melhor! “Arranja” o RUAS, deixa cair os monumentos e esquece as pessoas.

terça-feira, 24 de abril de 2012

domingo, 22 de abril de 2012

O Património da Hipocrisia


O IV aniversário da Cripta Arqueológica do Castelo de Alcácer do Sal foi, devidamente, assinalado no passado dia 18 de Abril.
O executivo camarário quis assinalar este aniversário prolongando o horário de visita da Cripta até às 24 horas e promovendo um concerto como Coro da Universidade Sénior. No dia seguinte abriu ao público a exposição “Lucernas romanas”. Muito bem.
Enquanto isto, as obras da frente ribeirinha do programa RUAS continuam a decorrer… sem qualquer acompanhamento arqueológico!
Note-se, obras públicas desta envergadura estão obrigadas por lei a serem acompanhadas por técnicos de arqueologia que fiscalizem os trabalhos. O propósito é evidente, salvaguardar qualquer achado arqueológico que venha a ser descoberto na obra. Quem nos garante a nós que as máquinas que esburacam o “largo das camionetas” não destruíram qualquer preciosidade do Património arqueológico Alcacerense?
Mesmo que não esteja interessado em salvaguardar o Património arqueológico Alcacerense, o executivo sabe que a falta de acompanhamento arqueológico pode ser motivo para suspender as obras. Suspender as obras e, assim, encarece-las.
Já sabíamos há muito que este executivo camarário não tem qualquer política cultural, que menospreza uma das mais-valias económicas do nosso concelho, o património – por exemplo, que é feito do museu municipal? – mas tamanha incúria é demasiada! Como podemos defini-la?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Câmara Municipal de Alcácer do Sal: jobs for the boys


 A biblioteca municipal de Alcácer possui, para além do seu diretor, dois técnicos superiores na área de biblioteca.
O Diretor acabou de apresentar o seu pedido de reforma e é necessário preencher o seu lugar. Face a esta situação a CMAS vai admitir um novo técnico superior para o lugar de Director, apesar dos dois quadros superiores existentes trabalharem nesta biblioteca há dez anos pelo menos, estando um deles a terminar o doutoramento na área das Bibliotecas – convém lembrar que em Portugal são pouquíssimos os Doutorados nesta área. Portanto, ambos têm qualificação para ocupar o lugar.
Perguntamos: não seria mais lógico, subir um destes técnicos a Director?
Pois é ... o problema é que estes técnicos não fizeram parte da lista do PS, e os empregos neste concelho são “jobs for the boys”, neste caso, “job for the girl” – Clarisse Veredas.
Passamos a explicar.
Na Assembleia Municipal em que foi aprovado o novo quadro de pessoal do Autarquia o deputado do Bloco de Esquerda estranhou o aumento do quadro de pessoal da Biblioteca Municipal que passou de dois técnicos superiores para três – quando o que é necessário é aumentar o número de técnicos especialistas. Na sua intervenção o deputado do Bloco de Esquerda assocou a criação de mais este lugar de técnico superior aum caso de  “job for de boys”, com ironia perguntou ao executivo se este lugar não era para uma militante do PS que fora candidata a deputada nas últimas eleições legislativas, uma senhora que era bibliotecária em Ferreira do Alentejo.
Nessa mesma Assembleia, no período de intervenção do público, uma militante do Bloco de Esquerda foi, ainda, mais clara. O lugar criado na Biblioteca foi feito de propósito para ser dado a Clarisse Veredas!
O tempo, infelizmente, deu-nos razão! Mais que razão!
A nova Directora de Biblioteca Municipal de Alcácer é uma senhora que é militante do PS, foi candidata a deputada nas últimas eleições legislativas, era bibliotecária em Ferreira do Alentejo e chama-se… Clarisse Veredas.
Job for the Girl? Tacho feito à medida? Não há como nega-lo!









domingo, 1 de abril de 2012

Freguesias: bode expiatório do momento…


Para desviar a atenção dos milhões que o estado dá para os negócios privados (do BPN/BIC à Lusoponte, das rendas da EDP aos hospitais público-privados,etc.etc…), a direita dos interesses, bem apoiada pelo PS, lança periodicamente um bode expiatório como tema a desenvolver pelo comentário único na sua comunicação social, para fazer esquecer a corrupção legalizada em que vivemos.
Depois do funcionário público culpado de todos os males e do “estado-gordo”, a cassete toca agora a música das autarquias gastadoras. As autarquias gastam à tripa-forra e são um peso difícil de suportar por um estado que tem outras prioridades.
Como o lobo que ataca o rebanho escolhe as ovelhas mais fracas, os políticos público-privados que nos governam, já escolheram o elo mais fraco a atingir –as freguesias. Extinguir freguesias… eis a grande solução para diminuir o déficit.
Podem os autarcas defender que em momento algum as freguesias contribuíram para o desequilíbrio das contas públicas, recordando que as verbas canalizadas para as freguesias representam apenas 0,10 por cento do Orçamento de Estado deste ano
Lembrar a importância que as juntas de freguesia desempenham enquanto instituições de proximidade na identificação e intervenção em casos sociais.
Afirmar que nos meios rurais, as distâncias entre freguesias e povoações traduzem-se, em muitos casos, em dezenas de quilómetros o que, para as populações mais envelhecidas, poderá representar um afastamento dos serviços públicos e um acrescer de despesas para poder ter acesso aos mesmos.
Sublinhar que a extinção de freguesias pode significar um retrocesso nos direitos adquiridos pelas populações locais e um afastamento das mesmas do poder público e de serviços muitas vezes essenciais para o seu dia-a-dia.
Recordar que quanto ao número de autarquias na União Europeia, do ponto de vista da “racionalidade” aritmética desta matéria, os países que se encontram em “melhor” situação são, por ordem decrescente: Reino Unido, Dinamarca, Lituânia, Irlanda, Países Baixos, Grécia, Portugal e a Suécia. Ou seja, isto demonstra de forma clara que não há qualquer relação racional entre o nível de desenvolvimento, o grau de dificuldade orçamental pública e o tipo de desenho administrativo territorial."
Defender que qualquer alteração do mapa de freguesias deve ser aprovada em referendo pelas populações.
Para os “talibans” do neoliberalismo que nos governam, tais argumentos não interessam.
Extinguir freguesias é um exemplo para um estado que tem de “emagrecer”, para poder engordar com as suas rendas os interesses económicos privados que depois garantirão um lugar nos conselhos de administração aos políticos público-privados do “arco da governação”…

Álvaro Arranja [Aqui]