terça-feira, 15 de março de 2011

PEC 4: Bloco chumba medidas que levam economia para o “abismo”


O Bloco de Esquerda declarou ontem que irá chumbar as medidas de austeridade propostas pelo governo no âmbito do novo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC 4). José Manuel Pureza, líder do Grupo Parlamentar , anunciou ainda que o BE irá apresentar "alternativas de crescimento, alternativas de emprego, alternativas de justiça", alternatvas às medidas do PEC 4 que apenas conduzem a economia portuguesa "para um abismo".
O Bloco acusa ainda o governo de ter escondido o novo pacote de medidas do Parlamento, do país e dos parceiros sociais.

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14 comentários:

  1. “Canto da sereia”

    Eu tenho todas as ideias
    Mas não as quero gastar
    Por isso só uma vou dar
    Ouçam cantar as sereias

    Cantam com tanta doçura
    Que até te podem embalar
    Mas não te deixes afundar
    No seio dessa sua loucura

    Agora que sabes o segredo
    Rasga um sorriso ao passar
    Mas não te deixes encantar

    Podes chocar c’o rochedo
    Aprende antes a decifrar
    Esses cantos de enfeitiçar.

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  2. “O jogo”

    Temos um PEC surpresa
    Bem ao jeito da garotada
    Que agora não pára calada
    E isto só nos dará despesa

    Sobe a renda ao mercado
    Ao verem tal bandalheira
    Vão-nos fechar a torneira
    E o rating será depreciado

    Já a população envelhece
    Medicamento é aumentado
    Só uma coisa embaratece

    É um estímulo programado
    Jogas golfe quando apetece
    Pois o IVA será aligeirado.

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  3. “Carneirada”

    Hoje não escrevo nada
    Porque não me apetece
    E ninguém se aborrece
    Só contemplo a manada

    Lá ao longe na pastagem
    Vejo ovelhas, vacas e bois
    Dentre eles distingo dois
    Sobretudo pela roupagem

    E pergunto pela carneirada
    Esses que ninguém esquece
    Quando a moção é votada

    Hoje ninguém se aborrece
    Já que não escrevo nada
    Porque não me apetece.

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  4. “Fumar a crise”

    Se a crise entrar em crise
    É que a malta se endireita
    Por hora a crise é perfeita
    Mas pode ser que deslize

    Se a crise for persistente
    Então a malta tá quilhada
    Pois crise assim é tramada
    Não há santo que aguente

    Vou fumar um cigarrinho
    Daqueles que dá pr’a rir
    Esqueço a crise é certinho

    Outros amigos hão-de vir
    Atraídos por este cheirinho
    Para sobre a crise reflectir.

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  5. Um Pec para rir e chorar, chorar muito!

    http://ositiodosdesenhos.blogspot.com/

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  6. “Chouriços”

    Tenho pr’a dar e vender
    Mas não vendo nem dou
    Que isto era do meu avô
    Se é que me faço entender

    Façam como ele também
    Esgatanhem-se a trabalhar
    Para alguma coisa juntar
    Ele fê-lo como ninguém

    Não se deixem enrascar
    Levem a água ao moinho
    Para os grãos estilhaçar

    Faz-se pão bebe-se o vinho
    Que isto é só pr’a começar
    E por fim um chouricinho.

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  7. “Caos”

    O país está nesta situação
    Mas a culpa não é nossa
    Alguém fez asneira grossa
    Algo aconteceu no Japão

    O voo de uma borboleta
    Como na teoria do caos
    Origina momentos maus
    No outro lado do planeta

    Então as culpadas são elas
    Batem as asas e sem saber
    Põe-nos deste lado a sofrer

    Digam às criaturas singelas
    Que se abstenham-se de voar
    Para aqui se poder descansar.

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  8. “Rosa laranja”

    Um governo de salvação
    Já não nos poderá salvar
    Malta quer-se endividar
    Para comprar um carrão

    Tem de haver fumo negro
    Para o poder haver branco
    No dia D pedes ao banco
    No X ao pagar vês-te grego

    Vou é pr’a boy do centrão
    Pr’a conseguir subir na vida
    Tenho cartão rosa numa mão

    Se estes entrarem em descida
    Cartão laranja entra em acção
    Terei uma ascensão merecida.

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  9. “Lenços de sangue”

    Há na guerra quem chore
    Também quem venda lenços
    Já por lá vi vender pensos
    Os vendedores são imensos

    Vender esperança é que não
    Querem a vida e a morte
    Brincam com a nossa sorte
    Impera a lei do mais forte

    Com suor, lágrimas e sangue
    E carne picada para canhão
    Vão tornando o império grande

    Nas suas mansões douradas
    Primem um pequeno botão
    As bombas já foram lançadas.

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  10. “Aguardente de medronho”

    Portugal vai ser resgatado
    São pr’aí 80 mil milhões
    Isto é como o euromilhões
    O país vai ser remodelado

    Pelo remodelador ansiamos
    Ele que já tem voz activa
    Prometeu-nos 25% de IVA
    Felizes, à cabeça pagamos

    Obrigado pela remodelação
    É ver nosso futuro risonho
    Com FMI exerço governação

    Venha qu’eu não me oponho
    E vocês apanhem um pifão
    Com aguardente de medronho.

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  11. “Corrida de camelos”

    Chegou a hora d’ir ao pote
    Que está lá na Alemanha
    A ver se a malta s’amanha
    Vamos de camelo e a trote

    Alguns camelos já partiram
    E estão bem posicionados
    É vê-los muito atarefados
    Como os que os seguiram

    Nós que pagamos a corrida
    Torcemos pl’o seu sucesso
    É que por cá está dura a vida

    Mas com o ouro desse pote
    Viramos o país do avesso
    Passos largos deu-nos o mote.

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  12. “Folhear a natureza”

    O livro, a folha, a floresta
    São mil folhas na natureza
    Folheias, desfrutas a beleza
    Descobres toda a sua pureza

    Numa imensa praia deserta
    Ou numa savana no coração
    Num sonho ou numa emoção
    Descobres toda a tua ambição

    A sede de com ela entender
    Toda a alegria que faz viver
    Descobres na folha e no livro

    A natureza é imenso arquivo
    Existe para que a possas ler
    E nunca te canses de aprender.

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  13. Ray Brown Trio - Summertime

    http://www.youtube.com/watch?v=YuW26BKVJ3U&feature=player_embedded

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  14. “Poesia na tasca”

    Portugal tem talento
    E hoje venceu a poesia
    Há muito que não se via
    Um tão belo momento

    Afinal não somos rasca
    Afinal ainda há esperança
    Encheu-me de confiança
    Eu que escutava na tasca

    Venha mais uma rodada
    A transbordar de energia
    A malta sai embriagada

    Por degustar esta poesia
    E afinal não custa nada
    Acabar com a anestesia.

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