16 de Novembro2010, 12:19 Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Se Kafka se reunisse com Fellini na casa de Dalí para aconselhar D. Sebastião numa invasão psicadélica à Atlântida, a lucidez talvez fosse maior.
Em Portugal, enlouquece-se. E, no entanto, o destino é claro e inexorável. Como diz Luís Amado.
Na Europa, os governantes comportam-se como condutores stressados. Chutam para o lado que estão virados. Em França, demite-se o Governo à sexta para reconduzi-lo na segunda. Em Itália, os escândalos sexuais do primeiro-ministro afastam os seus aliados. Na Alemanha, a chanceler desfaz o passado do multiculturalismo na mesma passada em que dissolve o futuro no sectarismo. … Esta cacofonia insana tem explicação: os políticos que sabem como sair disto não querem dar a cara; os que dão a cara não sabem como sair disto. Se o PS alija responsabilidades e o PSD não as partilha, é porque já não acreditam na capacidade de resolverem o problema. Mas se já desistiram, que diremos nós? … "Se a recta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito", dizia Oscar Niemeyer. Só temos tempo e dinheiro para o concreto. E como conhecemos o ponto de partida e o de chegada, basta seguir Amado, o doido. Sim, o doido, pois como concluiu Mário de Sá Carneiro, se na terra dos cegos quem tem um olho é rei, "na terra dos doidos quem tem juízo é doido."
A Europeana permite às pessoas explorar os recursos digitais de museus, bibliotecas, arquivos e colecções audiovisuais da Europa. Promove oportunidades de descoberta e de actividade num espaço multilingue onde os utilizadores podem colaborar, partilhando e sendo inspirados pela rica diversidade do património cultural e científico da Europa.
Idéias e inspiração podem ser encontradas em mais de 14.6 milhões de itens presentes na Europeana.
'Jesus estaria contra esta política de soutien' 30 de Novembro, 2010, Por Liliana Garcia
Frei Fernando Ventura, que se tornou uma estrela do Youtube, não tem papas na língua. Este franciscano capuchinho «saiu da clausura» através da internet e não poupa críticas violentas aos políticos nem à Igreja. Considera que a revolta de Jesus, hoje, seria contra «aqueles que mamam à conta da res publica»
Desculpe a vulgaridade, mas temos uma política de soutien: apoia a direita e a esquerda e mama das duas. Quem se lixa é o capim. Em África, há um ditado que diz que, quando os elefantes lutam, quem se lixa é o capim. E a todos os níveis nós estamos como capim: ora veja-se o elefante da senhora Merkel, coitadinha, que como pessoa me merece todo o respeito.
Tenho escandalizado muitos católicos por dizer isto: enquanto cristão, se eu não percebo que sou desafiado por Deus, todos os dias, a fazer amor com toda a gente, e sem preservativo, não sei o o que estou cá a fazer. Na vida, usamos preservativos. E não falo dos das farmácias, que esses devem ser obrigatórios. Eu tenho medo é daqueles preservativos que usamos da cabeça aos pés, numa lógica de eu não te toco e tu não me tocas .
"Campeonato"
ResponderEliminarFoi preciso a nossa nação
Grandiosa cimeira realizar
Para que o presidente afegão
Boa governação vá praticar
Ó amigos do Afeganistão
Realizem já uma cimeira
Para que a nossa governação
Se comprometa dessa maneira
Faremos uma competição
Entre as principais cimeiras
Para apurar o grande campeão
E fora de brincadeiras
Terá a grande consagração
A que produzir menos asneiras.
"Meninos"
ResponderEliminarPortugal fora da nato
A nato fora de mim
Eu sei que estou apto
Pr’a defender o jardim
Que lindas roseiras tem
Com espinhos pequeninos
Vai anunciar à tua mãe
Defenderemos os meninos
De barriga vazia não
Anti-míssil pode esperar
Trocá-lo-emos por pão
Para a esperança semear
Pois não teremos perdão
Com meninos sem cear.
"No espeto"
ResponderEliminarÓ gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Que o mecanismo emperra
E é por certo graças a ti
Lindo fato Armani vestes
Exiges-nos mundos e fundos
Prometer também prometestes
Mas não vimos dividendos
Das reformas prometidas
Só uma falta concretizar
E é sem sombra de dúvidas
A que ainda nos pode salvar
Dar no monstro umas facadas
E pô-lo no espeto a assar.
"Remodelação"
ResponderEliminarLá pr’os lados de São Bento
Foi decidido remodelar
Estou a imaginar o espavento
Era tudo de braços no ar
O critério encontrado
Para a dita remodelação
Deveria ser descartado
Quem mostrou a dentição
Houve pr’aí uma dezena
Que se sentiu apanhado
Conta-se que a melhor cena
Foi o Teixeira consternado
Dizer com uma boca pequena
Coitadinho do Luís Amado.
"O carrilhão"
ResponderEliminarAssim como o relógio parado
Acerta na hora duas vezes
Também um país estagnado
Dá nó cego aos portugueses
Peçam ao relojoeiro do reino
Para desmontar o carrilhão
Que verifique cada sino
Usando o melhor diapasão
No final desta aventura
Chamem o carrilhonista mor
Ele que toque uma partitura
Em dó sustenido maior
Se interpretada com bravura
Devolver-nos-á o esplendor.
Sigamos Amado, o doido
ResponderEliminar16 de Novembro2010, 12:19
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Se Kafka se reunisse com Fellini na casa de Dalí para aconselhar D. Sebastião numa invasão psicadélica à Atlântida, a lucidez talvez fosse maior.
Em Portugal, enlouquece-se. E, no entanto, o destino é claro e inexorável. Como diz Luís Amado.
Na Europa, os governantes comportam-se como condutores stressados. Chutam para o lado que estão virados. Em França, demite-se o Governo à sexta para reconduzi-lo na segunda. Em Itália, os escândalos sexuais do primeiro-ministro afastam os seus aliados. Na Alemanha, a chanceler desfaz o passado do multiculturalismo na mesma passada em que dissolve o futuro no sectarismo.
…
Esta cacofonia insana tem explicação: os políticos que sabem como sair disto não querem dar a cara; os que dão a cara não sabem como sair disto. Se o PS alija responsabilidades e o PSD não as partilha, é porque já não acreditam na capacidade de resolverem o problema. Mas se já desistiram, que diremos nós?
…
"Se a recta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito", dizia Oscar Niemeyer. Só temos tempo e dinheiro para o concreto. E como conhecemos o ponto de partida e o de chegada, basta seguir Amado, o doido. Sim, o doido, pois como concluiu Mário de Sá Carneiro, se na terra dos cegos quem tem um olho é rei, "na terra dos doidos quem tem juízo é doido."
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=453975
Europeana: Pensar Cultura
ResponderEliminarA Europeana permite às pessoas explorar os recursos digitais de museus, bibliotecas, arquivos e colecções audiovisuais da Europa. Promove oportunidades de descoberta e de actividade num espaço multilingue onde os utilizadores podem colaborar, partilhando e sendo inspirados pela rica diversidade do património cultural e científico da Europa.
Idéias e inspiração podem ser encontradas em mais de 14.6 milhões de itens presentes na Europeana.
http://www.europeana.eu/portal/aboutus.html
'Jesus estaria contra esta política de soutien'
ResponderEliminar30 de Novembro, 2010, Por Liliana Garcia
Frei Fernando Ventura, que se tornou uma estrela do Youtube, não tem papas na língua. Este franciscano capuchinho «saiu da clausura» através da internet e não poupa críticas violentas aos políticos nem à Igreja. Considera que a revolta de Jesus, hoje, seria contra «aqueles que mamam à conta da res publica»
Entrevista em,
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=5746
"Verdadinha"
ResponderEliminarWikiLeaks, sentes os abanões?
Das pedradas a conta gotas
Que te atingem, as marotas
Dos novos fazedores de papões
Lá vai uma verdade, verdadinha
A anterior verdade era mentira
Esta verdade é pura, qual safira
Encerra um propósito, adivinha
Servir-te as verdades fresquinhas
E assim as mentiras tu rejeitas
Evitas pois as verdades daninhas
De consciência tranquila te deitas
Não precisas ler nas entrelinhas
E só verdades cristalinas aceitas.
Desculpe a vulgaridade, mas temos uma política de soutien: apoia a direita e a esquerda e mama das duas. Quem se lixa é o capim. Em África, há um ditado que diz que, quando os elefantes lutam, quem se lixa é o capim. E a todos os níveis nós estamos como capim: ora veja-se o elefante da senhora Merkel, coitadinha, que como pessoa me merece todo o respeito.
ResponderEliminarTenho escandalizado muitos católicos por dizer isto: enquanto cristão, se eu não percebo que sou desafiado por Deus, todos os dias, a fazer amor com toda a gente, e sem preservativo, não sei o o que estou cá a fazer. Na vida, usamos preservativos. E não falo dos das farmácias, que esses devem ser obrigatórios. Eu tenho medo é daqueles preservativos que usamos da cabeça aos pés, numa lógica de eu não te toco e tu não me tocas .
ResponderEliminar"Balbúrdia"
ResponderEliminarAgora é que eu entendi
A mensagem encriptada
Que nos enviou a cambada
A Irlanda não mora aqui
A Grécia vá de retro satanás
Fazia parte dessa mensagem
Que deu origem à voragem
Aqui nunca voltamos atrás
Quanto mais se destapa o tacho
Mais se vislumbra a balbúrdia
Vai-se desfazer muito penacho
Por fim a mensagem entendia
Depois de muito pensar, eu acho
Nós somos parentes da Islândia.
"Rua"
ResponderEliminarDespedir rápido e barato
E sem motivo atendível
Tal não parecia possível
Mas agora parece um facto
Desejo ver-me livre de ti
Passas na hora pl’a repartição
As tuas contas rápido farão
Já não trabalhas mais aqui
Segues rápido o caminho teu
Perguntas o que terá mudado
Foi um capricho que ocorreu
Ao ilustre comandante mercado
Imposto pelo servo europeu
Logo adoptado por este estado.
"Na lua"
ResponderEliminarA Nasa vai anunciar vida
Numa lua lá de Saturno
Agora até já nem durmo
Assaltado por uma dúvida
Depressa mando mensagem
Caro amigo aí dessa lua
Conta-me que vida é a tua
Pr’a ver se levam vantagem
Parece uma aposta acertada
Resposta acabada de chegar
Não têm crise nem nada
Passam a vida a descansar
É uma vida tão recatada
Eu vou-me pr’a lá mudar.
"Estádios de areia"
ResponderEliminarA Rússia ficou c’o mundial
Eles não brincam em serviço
Houve um grande reboliço
Pr’a nós um melão, é oficial
Nossos estádios ao abandono
Não conseguimos rentabilizar
Podemos à Rússia emprestar
Devolvem-nos no fim do ano
Pagam em caixas de vodka
Smirnoff, que nós aceitamos
Esta malta não se equívoca
Se o betão não rentabilizamos
Tentamos na próxima época
O dos matraquilhos humanos.
“Molho de tomate"
ResponderEliminarObservo as desigualdades
E que faço para as esbater
Quase nada ou banalidades
Pois continuam a crescer
Muito têm e mais querem
E eu tento ter pr’a comer
É por não compreenderem
Que nos andam a espremer
Espremem tudo até ao fim
Que já só falta devorar-te
Será o final deste folhetim
Pois já estão a preparar-te
Está a aproximar-se o festim
Faça-se o molho de tomate.
"N’arena"
ResponderEliminarAndamos cá para penar
E é disso que tenho pena
Como do animal na arena
Quando o estão a tourear
Mantem toda a nobreza
Durante a lide é altivo
Tu tentas manter-te vivo
Tentas fintar com destreza
O destino mais que a sorte
Que à lide não vais escapar
Como o destino é mais forte
Tentamos a capa desfeitear
Que os ferros são passaporte
Para a nobreza conquistar.
“Merceeiro”
ResponderEliminarPara aliviar a classe média
Estamos a fazer um plano
Vigorará já no próximo ano
Nem fomos à enciclopédia
Fomos ao livro de mercearia
Vimos umas contas ancestrais
Percebemos como os demais
Que rumo a coisa tomaria
Para a economia revitalizar
Lançamos medida apropriada
Novas taxas vamos aplicar
Desta forma assim aliviada
Classe média pode descansar
Por ter a bolsa menos pesada.
“Avisados”
ResponderEliminarDe cimeira em cimeira
Assim vamos vivendo
E outros lá vão dizendo
Que não será a primeira
Nem segunda ou terceira
Vez que aviso lançaram
Pois há sete anos avisaram
Pr’a presente desgraceira
Mas eu que não fui avisado
Tenho lido alguns manuais
Pelos quais fui informado
Os nossos desígnios actuais
E que nos têm afundado
Iniciaram em mil cento e tais.
“Levas”
ResponderEliminarCom os controladores levas
Mas não é cá nestas terras
Cá só leva quem merece
Quando se mete com o PS
Levou também distinta mãe
Do D.Afonso primeiro rei
Grande fundador deste país
Por fazer o que ele não quis
Sem o saberes bem porquê
Levas tu também por tabela
Mas isso não importa já se vê
Vês-te enredado numa novela
Em que és o mau da fita Zé
E levas mais a cada cavadela.