domingo, 21 de novembro de 2010


20 comentários:

  1. "Campeonato"

    Foi preciso a nossa nação
    Grandiosa cimeira realizar
    Para que o presidente afegão
    Boa governação vá praticar

    Ó amigos do Afeganistão
    Realizem já uma cimeira
    Para que a nossa governação
    Se comprometa dessa maneira

    Faremos uma competição
    Entre as principais cimeiras
    Para apurar o grande campeão

    E fora de brincadeiras
    Terá a grande consagração
    A que produzir menos asneiras.

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  2. "Meninos"

    Portugal fora da nato
    A nato fora de mim
    Eu sei que estou apto
    Pr’a defender o jardim

    Que lindas roseiras tem
    Com espinhos pequeninos
    Vai anunciar à tua mãe
    Defenderemos os meninos

    De barriga vazia não
    Anti-míssil pode esperar
    Trocá-lo-emos por pão

    Para a esperança semear
    Pois não teremos perdão
    Com meninos sem cear.

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  3. "No espeto"

    Ó gente da minha terra
    Agora é que eu percebi
    Que o mecanismo emperra
    E é por certo graças a ti

    Lindo fato Armani vestes
    Exiges-nos mundos e fundos
    Prometer também prometestes
    Mas não vimos dividendos

    Das reformas prometidas
    Só uma falta concretizar
    E é sem sombra de dúvidas

    A que ainda nos pode salvar
    Dar no monstro umas facadas
    E pô-lo no espeto a assar.

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  4. "Remodelação"

    Lá pr’os lados de São Bento
    Foi decidido remodelar
    Estou a imaginar o espavento
    Era tudo de braços no ar

    O critério encontrado
    Para a dita remodelação
    Deveria ser descartado
    Quem mostrou a dentição

    Houve pr’aí uma dezena
    Que se sentiu apanhado
    Conta-se que a melhor cena

    Foi o Teixeira consternado
    Dizer com uma boca pequena
    Coitadinho do Luís Amado.

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  5. "O carrilhão"

    Assim como o relógio parado
    Acerta na hora duas vezes
    Também um país estagnado
    Dá nó cego aos portugueses

    Peçam ao relojoeiro do reino
    Para desmontar o carrilhão
    Que verifique cada sino
    Usando o melhor diapasão

    No final desta aventura
    Chamem o carrilhonista mor
    Ele que toque uma partitura

    Em dó sustenido maior
    Se interpretada com bravura
    Devolver-nos-á o esplendor.

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  6. Sigamos Amado, o doido

    16 de Novembro2010, 12:19
    Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt

    Se Kafka se reunisse com Fellini na casa de Dalí para aconselhar D. Sebastião numa invasão psicadélica à Atlântida, a lucidez talvez fosse maior.

    Em Portugal, enlouquece-se. E, no entanto, o destino é claro e inexorável. Como diz Luís Amado.

    Na Europa, os governantes comportam-se como condutores stressados. Chutam para o lado que estão virados. Em França, demite-se o Governo à sexta para reconduzi-lo na segunda. Em Itália, os escândalos sexuais do primeiro-ministro afastam os seus aliados. Na Alemanha, a chanceler desfaz o passado do multiculturalismo na mesma passada em que dissolve o futuro no sectarismo.

    Esta cacofonia insana tem explicação: os políticos que sabem como sair disto não querem dar a cara; os que dão a cara não sabem como sair disto. Se o PS alija responsabilidades e o PSD não as partilha, é porque já não acreditam na capacidade de resolverem o problema. Mas se já desistiram, que diremos nós?

    "Se a recta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito", dizia Oscar Niemeyer. Só temos tempo e dinheiro para o concreto. E como conhecemos o ponto de partida e o de chegada, basta seguir Amado, o doido. Sim, o doido, pois como concluiu Mário de Sá Carneiro, se na terra dos cegos quem tem um olho é rei, "na terra dos doidos quem tem juízo é doido."

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=453975

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  7. Europeana: Pensar Cultura

    A Europeana permite às pessoas explorar os recursos digitais de museus, bibliotecas, arquivos e colecções audiovisuais da Europa. Promove oportunidades de descoberta e de actividade num espaço multilingue onde os utilizadores podem colaborar, partilhando e sendo inspirados pela rica diversidade do património cultural e científico da Europa.

    Idéias e inspiração podem ser encontradas em mais de 14.6 milhões de itens presentes na Europeana.

    http://www.europeana.eu/portal/aboutus.html

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  8. 'Jesus estaria contra esta política de soutien'
    30 de Novembro, 2010, Por Liliana Garcia

    Frei Fernando Ventura, que se tornou uma estrela do Youtube, não tem papas na língua. Este franciscano capuchinho «saiu da clausura» através da internet e não poupa críticas violentas aos políticos nem à Igreja. Considera que a revolta de Jesus, hoje, seria contra «aqueles que mamam à conta da res publica»

    Entrevista em,
    http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=5746

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  9. "Verdadinha"

    WikiLeaks, sentes os abanões?
    Das pedradas a conta gotas
    Que te atingem, as marotas
    Dos novos fazedores de papões

    Lá vai uma verdade, verdadinha
    A anterior verdade era mentira
    Esta verdade é pura, qual safira
    Encerra um propósito, adivinha

    Servir-te as verdades fresquinhas
    E assim as mentiras tu rejeitas
    Evitas pois as verdades daninhas

    De consciência tranquila te deitas
    Não precisas ler nas entrelinhas
    E só verdades cristalinas aceitas.

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  10. Desculpe a vulgaridade, mas temos uma política de soutien: apoia a direita e a esquerda e mama das duas. Quem se lixa é o capim. Em África, há um ditado que diz que, quando os elefantes lutam, quem se lixa é o capim. E a todos os níveis nós estamos como capim: ora veja-se o elefante da senhora Merkel, coitadinha, que como pessoa me merece todo o respeito.

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  11. Tenho escandalizado muitos católicos por dizer isto: enquanto cristão, se eu não percebo que sou desafiado por Deus, todos os dias, a fazer amor com toda a gente, e sem preservativo, não sei o o que estou cá a fazer. Na vida, usamos preservativos. E não falo dos das farmácias, que esses devem ser obrigatórios. Eu tenho medo é daqueles preservativos que usamos da cabeça aos pés, numa lógica de eu não te toco e tu não me tocas .

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  12. "Balbúrdia"

    Agora é que eu entendi
    A mensagem encriptada
    Que nos enviou a cambada
    A Irlanda não mora aqui

    A Grécia vá de retro satanás
    Fazia parte dessa mensagem
    Que deu origem à voragem
    Aqui nunca voltamos atrás

    Quanto mais se destapa o tacho
    Mais se vislumbra a balbúrdia
    Vai-se desfazer muito penacho

    Por fim a mensagem entendia
    Depois de muito pensar, eu acho
    Nós somos parentes da Islândia.

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  13. "Rua"

    Despedir rápido e barato
    E sem motivo atendível
    Tal não parecia possível
    Mas agora parece um facto

    Desejo ver-me livre de ti
    Passas na hora pl’a repartição
    As tuas contas rápido farão
    Já não trabalhas mais aqui

    Segues rápido o caminho teu
    Perguntas o que terá mudado
    Foi um capricho que ocorreu

    Ao ilustre comandante mercado
    Imposto pelo servo europeu
    Logo adoptado por este estado.

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  14. "Na lua"

    A Nasa vai anunciar vida
    Numa lua lá de Saturno
    Agora até já nem durmo
    Assaltado por uma dúvida

    Depressa mando mensagem
    Caro amigo aí dessa lua
    Conta-me que vida é a tua
    Pr’a ver se levam vantagem

    Parece uma aposta acertada
    Resposta acabada de chegar
    Não têm crise nem nada

    Passam a vida a descansar
    É uma vida tão recatada
    Eu vou-me pr’a lá mudar.

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  15. "Estádios de areia"

    A Rússia ficou c’o mundial
    Eles não brincam em serviço
    Houve um grande reboliço
    Pr’a nós um melão, é oficial

    Nossos estádios ao abandono
    Não conseguimos rentabilizar
    Podemos à Rússia emprestar
    Devolvem-nos no fim do ano

    Pagam em caixas de vodka
    Smirnoff, que nós aceitamos
    Esta malta não se equívoca

    Se o betão não rentabilizamos
    Tentamos na próxima época
    O dos matraquilhos humanos.

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  16. “Molho de tomate"

    Observo as desigualdades
    E que faço para as esbater
    Quase nada ou banalidades
    Pois continuam a crescer

    Muito têm e mais querem
    E eu tento ter pr’a comer
    É por não compreenderem
    Que nos andam a espremer

    Espremem tudo até ao fim
    Que já só falta devorar-te
    Será o final deste folhetim

    Pois já estão a preparar-te
    Está a aproximar-se o festim
    Faça-se o molho de tomate.

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  17. "N’arena"

    Andamos cá para penar
    E é disso que tenho pena
    Como do animal na arena
    Quando o estão a tourear

    Mantem toda a nobreza
    Durante a lide é altivo
    Tu tentas manter-te vivo
    Tentas fintar com destreza

    O destino mais que a sorte
    Que à lide não vais escapar
    Como o destino é mais forte

    Tentamos a capa desfeitear
    Que os ferros são passaporte
    Para a nobreza conquistar.

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  18. “Merceeiro”

    Para aliviar a classe média
    Estamos a fazer um plano
    Vigorará já no próximo ano
    Nem fomos à enciclopédia

    Fomos ao livro de mercearia
    Vimos umas contas ancestrais
    Percebemos como os demais
    Que rumo a coisa tomaria

    Para a economia revitalizar
    Lançamos medida apropriada
    Novas taxas vamos aplicar

    Desta forma assim aliviada
    Classe média pode descansar
    Por ter a bolsa menos pesada.

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  19. “Avisados”

    De cimeira em cimeira
    Assim vamos vivendo
    E outros lá vão dizendo
    Que não será a primeira

    Nem segunda ou terceira
    Vez que aviso lançaram
    Pois há sete anos avisaram
    Pr’a presente desgraceira

    Mas eu que não fui avisado
    Tenho lido alguns manuais
    Pelos quais fui informado

    Os nossos desígnios actuais
    E que nos têm afundado
    Iniciaram em mil cento e tais.

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  20. “Levas”

    Com os controladores levas
    Mas não é cá nestas terras
    Cá só leva quem merece
    Quando se mete com o PS

    Levou também distinta mãe
    Do D.Afonso primeiro rei
    Grande fundador deste país
    Por fazer o que ele não quis

    Sem o saberes bem porquê
    Levas tu também por tabela
    Mas isso não importa já se vê

    Vês-te enredado numa novela
    Em que és o mau da fita Zé
    E levas mais a cada cavadela.

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