domingo, 11 de abril de 2010

Jornadas Autárquicas do Bloco de Esquerda

Durante dois dias, os autarcas eleitos pelo Bloco de Esquerda, de todo o país, debateram as prioridades das políticas locais, os seus modelos de organização e suas lutas essenciais. Da regionalização, à defesa da água pública, passando pela intervenção cultural e social, muitas foram as propostas apresentadas e as linhas de intervenção lançadas.
Nas Autarquias como no Parlamento o Bloco é Esquerda de Confiança.

7 comentários:

  1. “Base de sustentação”

    Nos meus tempos de escola não havia bullying, andávamos à porrada e chamávamos nomes feios uns aos outros, mas isso que importa, são sinais dos tempos e a propósito aprendíamos que a pirâmide é o todo poliedro formado por uma face inferior e um vértice que une todas as faces laterais, essa face inferior era também designada por base.

    Essa base seria como a sustentação de toda a pirâmide, isso na altura, mas hoje já sabe existe também a pirâmide invertida, sinais dos tempos, talvez para designar uma pirâmide com opções sexuais dentro do vasto leque de possibilidades que os tempos modernos aportaram à nossa civilização, coisa que na altura também não se falava.

    E já agora que a conversa descambou para onde descamba sempre, para o sexo, que tal abordarmos a temática da obscenidade dos prémios dos gestores, eles representam também a inversão da pirâmide onde o que conta mesmo é o seu vértice ou gestor, ou ainda como mais modernamente resolveu designar-se CEO.

    Este, o CEO é a cereja no topo do bolo do sistema económico vigente e o que importa a cada organização é poder exibir-se como a que melhor o remunera, sinais dos tempos, onde impera a vaidade organizacional e onde fica bem apresentar-se aos seus pares como uma organização com um CEO coberto de milhões e porventura também trará dividendos da mais variada ordem, que essa malta não dorme.

    Já agora no meu tempo também brincávamos ao espeta, ao arco, ao lá vai alho, ao pião e a muitas outras coisas que entretanto se foram perdendo ou perderam valor num mundo novo onde impera a boa da estética e a ética que se lixe, é o salve-se quem puder, daí que importe mesmo é ter uma pirâmide com o vértice bem engraxado e polido que da base de sustentação não reza a história.

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  2. “É já a seguir”

    Os sinais de fogo dão-nos pistas seguras para poder afirmar que em breve iremos ter um coelho no poleiro, coelho no poleiro ? coisa estranha, não nem por isso, desde que nos habituámos a ver porcos a andar de bicicleta e noutras rodas vivas da nossa quinta já quase nada nos causa estranheza, é só necessário correr com o galo coisa para a qual parece não haver grandes pressas.

    Os sinais de fogo indicam-nos também com grande grau de certeza que iremos ter um exército de ratos e ratazanas, todos os que até agora andaram e andam a receber ajudas do caseiro, a colaborar na realização de tarefas da quinta que valorizem a sua existência e permitam aproveitar essa energia a favor da bicharada.

    Os sinais de fogo deixam-nos antever que na entrada da próxima época de inverno teremos uma utilização preferencial de biomassa, matéria prima verde portanto, sob a forma de cavaco, para produzir útil e necessária energia por mais uma temporada nos circuitos vitais da quinta, para que a bicharada não se deixe adormecer e continue a lutar por isto.

    Os sinais de fogo são esclarecedores também quanto à quantidade de ração a fornecer a cada animal da quinta e é certo e sabido que em nome da estabilidade e do crescimento, essa quantidade deve permanecer constante, por um largo período, valha-nos isso ao menos não morreremos à fome, como aconteceu ao burro do caseiro de uma quinta vizinha que resolveu diminuir-lhe a ração a cada período de tempo, sempre é bom saber-se que aprendemos com os erros alheios.

    Os sinais de fogo dão-nos a conhecer também uma intenção de criar, certamente com os recursos amplamente disponibilizados com as outras medidas que se anunciam, um casão dourado para onde serão convocados uma série de animais mais experientes e cuja valia será usada no aconselhamento futuro de escolhas para cargos relevantes da quinta, por forma a evitar suspeitas na gestão das forragens.

    Os sinais de fogo apontam também na direcção da privatização do palheiro, do pombal, dos galinheiros à excepção do galinheiro mor, onde residirá claro está o seu novo ocupante e sucessores, tudo isto irá permitir disponibilizar uma quantidade de animais que serão seguramente absorvidos por outros sectores da quinta em tarefas de maior valor acrescentado, isto não será para o imediato segundo parece, mas muito provavelmente para o futuro já a seguir.

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  3. Gestão das Organizações Culturais e Sociais

    3º workshop de investigação no âmbito do Programa Gulbenkian Próximo Futuro

    22/04/2010 às 09h30
    Sala 1
    Entrada livre

    COMUNICAÇÕES das 9h30 às 13h e das 14h30 às 17h30
    (Mais informações: 21 782 35 29)

    Convidados Internacionais

    ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DA CULTURA EM SÃO PAULO – ÊXITOS E ALERTAS por Ana Carla Fonseca (Brasil), especialista em Economia da Cultura

    BANDJOUN STATION (apresentação de caso de estudo)
    por Barthélémy Toguo (Camarões), artista visual

    A FÁBRICA DO FUTURO (apresentação de caso de estudo) por Cesar Piva (Brasil), gestor cultural

    GESTÃO VIRTUOSA PARA UM FUTURO INCERTO por Fátima Anllo Vento (Espanha), especialista em Gestão Cultural

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  4. “Meses de quinze dias”

    O ministro não compreende, não sabe e até não é obrigado, pois ninguém sabe tudo, mas ocupando o cargo que ocupa e tendo disponíveis os recursos que tem basta-lhe que tenha uma vaga ideia ou uma leve suspeita para ter desde logo o dever e obrigação de mandar investigar, analisar, retirar as suas conclusões, discutir com os seus chefes e actuar.

    E a actuação justificar-se-á tanto mais, quanto mais sensíveis forem as matérias e esta é de primordial importância, principalmente no momento presente, pois todo o crescimento da economia depende da logística e distribuição e ao penalizar este sector tudo o mais será penalizado por arrastamento, sob a forma de aumento da inflação.

    Esta seria a conversa politicamente correcta, mas ora bolas sr.ministro, o senhor já está no cargo vai para cinco anos e nós sabemos que já foram gastos rios de dinheiro em estudos sobre a matéria e mesmo assim não sabem nada ? ou não querem saber, ou não vos interessa chafurdar na lama, ou pior que isso andaram a assobiar para o lado ?

    O que nós vimos é que os sectores cujos preços mais aumentam, são sectores sem concorrência, tutelados pelo estado, cujos gestores levam prémios milionários e o Zé paga, pois não tem outro remédio e o sr.ministro não compreende, ainda se as remunerações da malta fossem acima da média, mas não, só os preços é que o são.

    Sr.ministro só vejo uma solução para a presente situação, que nenhuma força política ainda se lembrou de propor e que ao ser implementada vos pode granjear sucessos eleitorais por mais uma boa dezena de anos, pois terão seguramente todo o povo do vosso lado, será decretar que na próxima década os meses passem a ter quinze dias.

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  5. Anónimo
    15.04.2010/10:26

    O Sr ministro não compreende...só confirma a tese que Portugal tem tido sucessivos desgovernos...não precisamos de analfabetos a dirigir as nossas vidas....só podia ter dado nisto! Mas ainda não perceberam que toda esta política só serve para "legalizar" a retirada do produto do nosso trabalho para meia dúzia de políticos? Será que alguém compreende porque raio um gestor público ganha muito mais do que um ministro? Eu não entendo! Só há uma explicação: os ministros de hoje serão os gestores de amanhã...e a lei são eles que a fazem com o nosso consentimento! Conclusão: para ministro qualquer engenheireco/doutorzeco serve, mas para gestor público tem de ser um Sr Engenheiro ou um Sr Doutor. Descubram as diferenças!!!

    http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1544585

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  6. Sinais de Fogo, romance autobiográfico de Jorge de Sena, publicado postumamente e inacabado (o que existe é apenas uma parte do todo que o autor havia delineado) em 1979, um ano após a morte do autor.

    A acção desenrola-se em Lisboa e na Figueira da Foz, nos anos trinta do século XX em paralelo com a Guerra Civil de Espanha.

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  7. “Nova alvorada”

    Destruídas finalmente
    Alma nossa renovada
    Foi uma nova alvorada
    Em Abril novamente,

    Não houve reacção ardente
    Deste povo, ingratidão
    Mas sentiu-se a multidão
    Sinais dum tempo diferente,

    Nos seus diversos locais
    Cada um para seu canto
    Soltar uns urros tais,

    Desfeito de vez o quebranto
    Nestes tempos digitais
    CD’s destruídos garanto.

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