quarta-feira, 17 de março de 2010

Dia 8 de Março

Pediram-me para escrever um texto sobre o Dia Internacional da Mulher. Imaginam o quanto é difícil escrever, sobre um dia que foi instituído para comemorar o facto de as mulheres terem que lutar toda a vida para lhes serem reconhecidos legalmente direitos que dizem respeito à humanidade? Muitas águas passaram por baixo da ponte desde o dia 8 de Março de 1857 em que uma centena de operárias de uma fábrica de Nova Iorque deu a vida apenas porque reivindicavam direitos laborais e sociais elementares tais como, redução da jornada de trabalho para 10 horas diárias, igualdade de salários e licença de Maternidade !
Cinquenta anos mais tarde, em 1908 15 mil mulheres marcham pelas ruas de Nova Iorque numa campanha apelidada de Bread and Roses ( Pão e Rosas) e exigem melhores salários e direito a viver e trabalhar em melhores condições. Muitas seriam as lutas que mereciam aqui referência e muitas são as mulheres que neste pequeno texto se homenageiam. Foi para lembrar estes e outros factos ,que nos devolvem diariamente a dignidade, que o dia 8 de Março foi declarado dia Internacional da Mulher. É bom que não esqueçamos e que estejamos alerta, os direitos legalmente conquistados nem sempre se tornam realidade para todos.

A luta continua!


A título de curiosidade, em 2007 um estudo sobre os hábitos de leitura dos portugueses-A leitura em Portugal 2007- revelou que só 57% dos portugueses lêem livros e destes a maioria são mulheres(64,3%)! Sem comentários.

Abraços

AP

20 comentários:

  1. “PEC”

    PEC, PEC, PEC

    PEC, PEC, PEC
    PEC embrulha

    PEC, PEC, PEC
    PEC vai buscar

    PEC embrulha
    PEC vai buscar

    Dois buracos à sua escolha

    PEC embrulha para depois
    PEC vai buscar não podes escapar

    PEC embrulha
    PEC vai buscar

    Dois buracos à sua escolha

    PEC, PEC
    PEC, PEC, PEC.

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  2. “País de ficção”

    Num país de ficção,
    José Trocas-te amas-nos ou não ?
    há agora a PEC dominação
    terminará com a crise ou não ?
    combustíveis em inflação
    electricidade em ascensão
    é tudo por uma boa razão
    é para pagar o prémio de gestão
    e o Zé em acelerada putrefacção
    não liguem é apenas ficção

    Num país de ficção,
    onde Alcochte Jamais, então ?
    onde as escutas não passarão
    onde existe cada passarão
    onde o TGV é obsessão
    onde a dívida é uma fixação
    e sobe por hora um milhão
    a produtividade é espelho da remuneração
    é bom viver com as calças na mão
    não liguem é apenas ficção

    Num país de ficção,
    onde existe sempre uma canção
    para nos libertar a emoção
    da mágoa que nos enche o coração
    por não vermos evoluir a nação
    por não soprar vento de feição
    que nos liberte a imaginação
    nos permite alcançar a próxima estação
    há agora a PEC dominação
    José Trocas-te amas-nos ou não ?

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  3. Governo congela salários até 2013!

    «O Diário Económico apurou que o PEC vai prever uma política de moderação salarial para a Função Pública até 2013, com metas definidas sobre o peso da factura com pessoal no total da despesa do Estado»

    Ora cá vão uns salariozitos que vão entrar em "moderação" e não vão aumentar:

    - Mata da Costa: presidente CTT, 200 200,00 €
    - Carlos Tavares: CMVM, 245 552,00 €
    - António Oliveira Fonseca: Metro do Porto, 96 507,00 €
    - Guilhermino Rodrigues: ANA, 133 000,00 €
    - Fernanda Meneses: STCP, 58 859,00 €
    - José Manuel Rodrigues: Carris, 58 865,00 €
    - Joaquim Reis: Metro de Lisboa, 66 536,00 €
    - Vítor Constâncio: Banco Portugal, 249 448,00 €
    - Luís Pardal: Refer, 66 536,00 €
    - Amado da Silva (ex-chefe de gabinete de Sócrates): Ana com, Autoridade Reguladora da Comunicação Social, 224 000,00 €
    - Faria de Oliveira: CGD, 371 000,00 €
    - Pedro Serra: AdP, 126 686,00 €
    - José Plácido Reis: Parpública, 134 197,00 €
    - Cardoso dos Reis: CP, 69 110,00 €
    - Vítor Santos: ERSE, Entidade Reguladora da Energia, 233 857,00 €
    - Fernando Nogueira (este não é o ex-PSD que se encontra em Angola): ISP, Instituto dos Seguros de Portugal, 247 938,00 €
    - Guilherme Costa: RTP, 250 040,00 €
    - Afonso Camões: Lusa, 89 299,00 €
    - Fernando Pinto : TAP, 420 000,00 €
    - H enrique Granadeiro: PT, 365 000,00 €

    Fonte: Jornal SOL de 22/01/2010

    E ainda faltam as Estradas de Portugal, EDP, Brisa, Petrogal, todas as outras reguladoras e observatórios...
    Enfim é um fartar vilanagem! E pedem contenção e moderação!!!!

    Imaginem o que é pagar um subsídio de férias ou de Natal a estes senhores: ''Tome lá meu caro amigo 35 000 euros para passar férias ou fazer compras de Natal''.

    E pagar-lhes esta reforma... É no mínimo imoral e no máximo corrupção à sombra da lei... Até porque estes cargos não são para técnicos, mas são de nomeação política. É isto que lhes retira toda e qualquer credibilidade junto do povo e dos quadros técnicos.

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  4. Universidade de Coimbra

    Tese de doutoramento de eurodeputada do BE recebe nota máxima

    A eurodeputada Marisa Matias doutorou-se hoje com distinção e louvor, a nota máxima, na Universidade de Coimbra (UC), defendendo uma tese em que analisa as relações entre ambiente, saúde e sustentabilidade, num contexto de protestos públicos

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  5. “O caminho”

    A propósito de relatos recentes sobre as falhas de homens da Igreja em questões tão sensíveis quanto as da sexualidade, somos levados a questionar-nos “lato sensu”, sobre as falhas dos homens nos mais diversos campos da sua actuação e uma pergunta se nos coloca “Será este o caminho de Deus ?”.

    Não pondo em causa o criador que nos fez à sua imagem e semelhança e seguramente com a melhor das intenções, mas tendo por base a análise das inúmeras falhas que todos cometemos e com os resultados muitas vezes deploráveis que todos constatamos, eu diria que certamente houve desvios à intenção original.

    Se não como se explica que ande meio mundo a tentar enganar o outro meio, que sejamos o único ser da criação que mata o seu semelhante sem ser por motivos da mais básica sobrevivência, que sejamos capazes de vender a alma ao diabo por cinco mil réis, capazes de matar, destruir e subjugar pela obtenção de milhões.

    Parece que ao homem tudo é permitido em nome de um deus menor, representado pela sua mais vil invenção, o dinheiro, que representa o poder, o poder mesmo de destruir o seu semelhante e quem sabe mesmo se a própria humanidade, em nome da especulação desenfreada e da obtenção de bens que nunca serão suficientes.

    O homem terá seguramente que repensar o seu caminho, mais que não seja porque depois de destruir tudo à sua volta de nada lhe servirá a imensa riqueza acumulada com esta visão redutora da sua existência, que acabará forçosamente por conduzi-lo à auto-destruição, e que ninguém pense julgar o outro pois o único caminho é o perdão.

    “Será este o caminho de Deus ?”, é este, o caminho do perdão e a rasteira que ele nos colocou foi ter-nos criado assim tão imperfeitos e não à sua imagem e semelhança, para nos colocar perante o desafio supremo do perdão e assim desfeitear o nosso lado agressor que acabaria por nos auto-destruir se a tempo e horas não reencontrássemos o caminho.

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  6. “A face do mal”

    Na maior parte das vezes somos levados a associar o mal a uma face, a face do mal, que simplistamente ligamos a este ou àquele indivíduo, ou conjunto de indivíduos que de uma ou doutra forma conduzem processos que condicionam de forma directa ou indirecta as nossas vidas, mas o mal tem seguramente origens muito diversas.

    Numa perspectiva histórica se relembrarmos que “o mal só pode ser vencido por outro mal”, encontramos uma justificação mais que perfeita para todas as atrocidades que se têm vindo a cometer ao longo dos tempos para justificar a reparação dos males, obviamente com outros que justificam conquistas, usurpações, destruições, tudo praticado sempre em nome de um bom pretexto.

    Numa perspectiva filosófica nada melhor que relembrar a célebre frase, “a história da natureza começa pelo bem, pois é a obra de Deus; a história da liberdade começa pelo mal, pois é obra do homem.”, e a partir daqui seria possível darmo-nos conta do esforço hercúleo a realizar para escapar à face do mal que certamente observaremos a cada vez que nos olharmos ao espelho.

    Numa perspectiva teológica os males estão misturados com os bens, estão ambos bem caracterizados e personificados sabendo-se o destino final de quem opta por uma ou outra via, mas acontece que a recompensa plena se concretizará no fim dos tempos, altura em que o mal acabará por desaparecer, o que significa que no curto prazo o “crime” compensa, basta olharmos a sociedade dos nossos dias para tirar a prova.

    Numa perspectiva psicológica sabemos que todos amam os bons, mas exploram-nos e todos detestam os maus, mas temem-nos e obedecem-lhes, daí que seja muito fácil conduzir milhões de pessoas na esperança da felicidade por muito poucas e nos caminhos da guerra também por uns quantos, também aqui o bem paga muito mal, enquanto o mal oferece alta rendibilidade.

    São todas abordagens muito técnicas para um leigo que apenas tem o “feeling” de que o mal vem do nosso íntimo e do facto de permitirmos que o mesmo aconteça e nos domine, já antes alguém disse “para que o mal domine basta que os homens de bem nada façam”, ou seja existe o mal, porque simplesmente reside em nós e existe o bem como cúmplice desse mal que deixamos acontecer, até que resolvamos enfrentar de vez essa nossa face do mal.

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  7. “Soltas”

    O PEC foi aprovado no sentido de recolocar nos trilhos este nosso país que volta não volta teima em querer descarrilar, parece fácil, tira um bocadinho a este, um bocadinho àquele e lá equilibra o Teixeira as contas, o pior é que desequilibra as minhas, mas para fazer face a isso resolvi aprovar também o meu PEC, 1 voto a favor, 3 abstenções e 1 contra e lá passou, as prestações sociais dos gaiatos vem já directas para a minha conta, as suas mesadas foram congeladas até 2013 e as deduções específicas em pastilhas elásticas, chupa-chupas e gelados foram suprimidas, o cartão de crédito da Maria também está no congelador pelo durante os próximos 2 anos, espero com estas medidas conseguir equilibrar também as contas ou senão entra o FED - Fundo de emergência doméstica.

    MFL despediu-se hoje do cargo que ocupa desejando ao próximo presidente os maiores sucessos à frente deste partido de referência, este é de referencia bem como o que com este tem alternado no poder, só que ambos têm conseguido trazer o referencial tão para baixo, que somos dos que menos auferem e mais caro pagam os bens nesta UE a 27, não fora o advento da moeda única a que pertencemos e neste momento provavelmente já teríamos integrado a comunidade económica dos países do Magrebe, e provavelmente nem aí ocuparíamos o lugar da frente.

    Os estudiosos destas coisas descobriram que uma grande faixa da população mais jovem sofre de um novo síndrome de dependência, em tudo idêntica à dependência do álcool e das drogas, que é a Facebook dependência ou dependência das redes sociais e que provoca sintomas físicos muito semelhantes aos que se manifestam nos toxicodependentes com crises de abstinência, mas aqui o tratamento não passa pelo corte ou restrição, mas em auxiliar os pacientes a retomar a sua vida social normal, ou seja voltar a colocar o processador no computador e o cérebro de volta no seu lugar, mas em breve da ficção se passará à realidade pois já se fala em processadores utilizando neurónios biológicos, onde sociedade será Facebook e Facebook será sociedade.

    Notícia de última hora, os nossos serviços de inteligência acabam de interceptar uma conversa em código, entre dois indivíduos não identificados, mas tudo leva a crer tratar-se de pessoas influentes e com altos cargos na administração, salvaguardando todos os segredos inerentes a processos em curso, passamos a transcrever :

    JT - Então amigo a embarcação já se fez ao mar?, AV - Não te preocupes as vagas estão controladas, a pescaria vai ser daqui., JT - A ver se desta fez também trazem alguns robalos!, AV - Está garantido e lagosta suada também., JT - Óptimo, óptimo, assim vou poder propor-te para 1º comandante da embarcação., AV - E não te esqueças daquele moço para imediato., JT - Alto aí, não abuses que o contra-mestre pode desconfiar, vamos aguardar por mar chão., AV - Se for necessário eu solto os tubarões., JT - Não vamos por aí ainda, vê-me só a malhagem das redes, depois ligo-te., Beep, beep, beep.

    Não perca as próximas transcrições de escutas dos nossos serviços de inteligência.

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  8. “No princípio era o estrume”

    No princípio era o estrume, cada família tinha os seus animais e o seu hortejo, os dejectos dos ditos eram usados na fertilização, plantavam batatas, favas, alfaces e outros legumes que usavam na alimentação, a bem dizer quase todas as famílias eram numerosas, embora o conceito não tivesse sido ainda descoberto, cresciam e reproduziam-se e por estranho que possa parecer foram nossos bisavós e avós.

    Viviam o seu dia-a-dia, as conversas eram mundanas, tinham parcos rendimentos quantas vezes abaixo do mínimo, embora nessa altura ainda nem sequer fosse garantido, aliás nada era garantido, apenas a labuta para conseguir o sustento muitas vezes em terras de Vera Cruz, donde em tempos viera o ouro para sustento do reino e cujo rendimento garantia ainda a prosperidade dos monarcas reinantes.

    Tempos adiante a evolução não se fez esperar e os alimentos passaram a ser comprados em pequenos comércios nos vilarejos, o grão e feijão a granel, a flanela e chita a metro, que bonitas camisas faziam, as famílias já não tinham tantos membros e os progenitores já se começavam a dedicar ao comércio e a labutar em pequenas indústrias ou pequenas explorações agrícolas melhorando dessa forma o rendimento disponível, foram talvez nossos avós e pais.

    Viviam-se tempos não muito fáceis, onde se podia falar apenas de alguns assuntos, fado, futebol e Fátima, do resto pouco ou nada era aconselhado pois as paredes tinham ouvidos, era o tempo de partir com a “valise” de cartão para terras da Gália, uma pequena viagem, ou umas férias no Algarve eram já um luxo ao alcance de alguns e o sistema vigente conseguia ainda prosperar à sombra dos juros permitidos pelo ouro que ainda ia restando.

    Mas agora é que a porca torce o rabo, os alimentos e os demais bens florescem por tudo quanto é canto, duzentos centros comerciais já são poucos, em breve serão dois mil, as famílias com irmãos dos filhos já começam a ser uma coisa rara, o pessoal aufere rendimentos razoáveis ou bons, os que têm trabalho, os outros auferem o que o estado social vai ainda conseguindo disponibilizar, são talvez os nossos pais e somos nós.

    Falar é coisa que agora não possui limites, pode-se falar de tudo, mesmo tudo, já se parte em busca de um amanhã melhor para todo o lado, é a globalização e já vamos tendo férias e momentos de lazer cada vez em paragens mais distantes, mas o regime estourou com o ouro todo, o buraco é de tal ordem que este ano vamos necessitar de qualquer coisa como 24 mil milhões de euros para o conseguir manter a funcionar, dava para comprar Marrocos ao Rei e íamos todos para lá, mas não sendo assim quem pagará a factura vão ser os nossos filhos e netos e se no princípio era o estrume agora ficou só o mau cheiro, mas o problema é que não se sabe bem de onde vem.

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  9. EDITORIAL
    CANDIDATURA DA JUSTIÇA SOCIAL

    A Pobreza e a Exclusão (irmãs siamesas que derivam quase exclusivamente do desemprego, do trabalho precário, dos baixos salários e de uma governação política e económica muitas vezes insensível e indiferente) são os principais obstáculos da existência de Paz social em Portugal e no Mundo. Incongruências dos tempos modernos, essas graves violações dos Direitos Humanos impedem que se perspective um futuro harmonioso para todos nós. As causas de tamanho paradoxo, num Mundo que nunca produziu e acumulou tanta riqueza, são a indiferença, a intolerância, a ganância e a falta de Amor geradores de guerras, desgovernação e desemprego.
    Como problema grave que é, o binómio pobreza-exclusão, ao envergonhar, humilhar e marginalizar uma parte significativa da nossa população, retirando-lhe qualquer esperança, está no cerne de desafios-ameaças tais como: a fome, a imigração, os sem-abrigo, os mercados do trabalho precário e da prostituição, a exploração infantil, a exploração laboral (real motivação de tantas deslocalizações de empresas gananciosas e sem ética social) e... a terrível insegurança. Não tenhamos dúvidas: é no pântano da miséria, da exclusão e da humilhação (origem de revolta e ódio) que cresce a insegurança e o medo.
    Eis o panorama inquietante que pode matar, mais depressa do que pensamos, as nossas Democracias, Liberdades, Garantias e efémeras certezas! É a temível “Bomba Social”: tão falada mas tão menosprezada. Com o rastilho já aceso ela já está visível.
    Portugal não está imune a essa tragédia anunciada. Não nos iludamos: o problema é grave. Pelo menos vinte por cento da nossa população vive na pobreza e os guetos de exclusão social existem! Ainda podem aumentar...São factos indesmentíveis. Só quem não está atento ao país real é que se deixa ludibriar. A pobreza e a exclusão são a nossa vergonha. Só nos resta combatê-la. Com determinação, sem tibieza, com humanismo e compaixão para com o nosso povo onde se incluem, evidentemente, todas as minorias étnicas e comunidades imigrantes, legais e ilegais, que partilham, no seu dia-a-dia, os nossos problemas, anseios e alegrias. Como país de emigrantes que fomos (e continuamos a ser) é uma questão de dignidade nacional.
    Em Portugal é possível reduzir drasticamente a pobreza e a exclusão social. Esse objectivo será conseguido se fizermos do imperativo de acabarmos com esta nossa vergonha uma Causa Nacional. Tal exige vontade, meios, empenho e a união de todos: partidos políticos responsáveis, forças económicas cidadãs, sociedade civil esclarecida e organizada e cidadãos voluntários, activos e solidários. Só mobilizados e motivados, em nome de Portugal, criando mais riqueza nacional e não aceitando olhar para essa vergonha como uma fatalidade, ou qualquer atavismo lusitano, é que venceremos. Se não o fizermos, e já, poderá estar em causa a nossa Democracia e o nosso futuro colectivo enquanto Nação.
    Como futuro Presidente da República, primeiro representante da Nação e do Estado, tudo farei para contribuir decisivamente para o combate à pobreza, a nossa prioridade absoluta a par com a credibilização da nossa justiça e da política nacional.

    Fernando Nobre

    www.fernandonobre.org

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  10. O SONHO COMANDA A VIDA


    Concordo com tudo o que o Sr. Fernando Nobre escreve aqui neste editorial. Aliás, ele não nos diz nada de novo ,constata aquilo que qualquer um de nós, mais atento e informado, pode observar no nosso país e um pouco por todo o mundo. Só não consigo vislumbrar é como pensa alterar o rumo das coisas? Declarações de intencões são fáceis de fazer. O problema é aplicar esses intenções num mundo onde impera a ganância e a corrupção e a indiferença, onde o "salve-se quem puder" é a palavra de ordem!

    Fiquem bem!

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  11. “Haja saúde”

    A economia adoeceu, dizem os entendidos, mas ao que parece houve apenas um bancos que se fartaram de alambazar com activos tóxicos e tiveram uma danada duma figadeira, é normal pois quem abusa arrisca-se a mais tarde ou mais cedo vir a arcar com as consequências, até o povo diz com a sua sapiência “quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga”, neste caso será mais “quando o sistema financeiro não tem juízo o povo é que paga”.

    E o que se viu foi que alguns deles por já não estarem nada bem de saúde acabaram por sucumbir, enquanto outros, sabe-se lá por que razão, acabaram por ser salvos da agonia, ou mesmo morte certa, pelo dinheirinho de todos nós contribuintes, seria talvez pela cor dos seus lindos olhos, ou porque souberam fazer olhinhos às pessoas certas, o que é certo é que todos nós pagámos e eles enfim lá se salvaram e todos continuam a lucrar mais do que nunca.

    Quanto à economia produtiva, a das empresas, as mais saudáveis continuaram com os negócios como habitualmente, outra coisa não seria de esperar, àquelas que já padeciam de alguma doença a crise soube que nem ginjas, pois puderem despedir e deslocalizar-se sem que muitas perguntas incomodas fossem colocadas, ou não fosse a conjuntura a responsável, outras houve que morreriam mesmo sem a crise, é a lei da vida económica.

    Acerca dos governos já se sabe, como tiveram que injectar o nosso dinheirinho onde eles acharam que fazia mais falta e fez falta uma boa maquia, tiveram que nos sobrecarregar com aumento de impostos, que dizem eles não são aumentos, mas a receita deles aumenta, ou será que afinal não aumenta, eu é que já não sei, ou melhor nunca soube, porque afinal esses tipos só sabem é levar-nos uma parte cada vez maior do nosso rendimento e sem que nós percebamos muito bem para quê.

    E quanto à malta os que foram apanhados pela crise têm que ir vivendo como podem com a ajuda do estado enquanto ele puder, os outros os que continuam a trabalhar já se sabe governam-se com um pouco menos porque o governo precisa de um pouco mais para nos governar e para injectar aos milhões onde eles acham, e nós todos povo de brandos costumes apenas desejamos que haja saúde e bancos para nos assaltar, fossemos nós povo de outra massa e desejaríamos que houvesse saúde e bancos para nós assaltar.

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  12. “Obra do acaso”

    Era homem forte e pujante como quase todos os mestre da faina, possuía com outros dois sócios o galeão “Fortuna de Albufeira”, quis o destino que nessa noite o mar fosse assolado por uma tempestade medonha e o Fortuna fosse engolido, dos três só ele se salvou, mas o sustento da família ficou comprometido e assim teve rumar com a mulher e filha a paragens mineiras da hulha, no sítio de Jungens, a tristeza era muita, principalmente para a filha que habituada a uma vida de orla marítima e cosmopolita para a época se via agora remetida a um sítio perdido no interior do Alentejo, mas depressa descobriu vocação e forma de ultrapassar a solidão pois sendo possuidora de instrução acima da média na altura, cedo se dedicou ao ensino por aquelas paragens.

    Não muito longe ao Condado de Palma, chegava mais um ratinho, vindo de Viseu, aos treze anos para trabalhar naquelas paragens, a sua família de onze filhos outro destino não pôde dar-lhe e ele bem sabia o significado de treze pessoas à mesa dar azar, mas bem cedo comprou a sua primeira bicicleta e possuidor de uma vontade férrea, aos fins de semana lá rumava à capital para tirar o seu curso na Academia Maguidal, tendo conseguido formar-se com distinção em 1946, quis o destino que fosse depois exercer a sua profissão de alfaiate na aldeia de S.Cristovão, paredes meias com a mina de Jungens, conheceu a professora algarvia lá do sítio, casaram e tiveram duas filhas e um filho, tendo acabado depois por exercer durante largos anos a sua profissão na vila de Grândola, que a mina e S.Cristovão eram locais menos afreguesados.

    Lá mais para o norte numa aldeia perto da fronteira com Espanha não muito distante de Vilar Formoso vivia um casal, ele comerciante e ela professora primária com a prole de cinco filhos e não pensavam em estendê-la, mas acontece que num triste dia lá na aldeia um dos filhos que ia a conduzir um carro, carro puxado por mulas à época, fosse esmagado pelo mesmo quando as ditas se espantaram tendo padecido e quis o destino que um outro filho então fosse concebido, não para substituir o falecido, mas seguramente para amenizar a dor da perda, esse filho mais novo estudou na Guarda, no magistério primário, tornou-se professor da instrução primária e viria a ser colocado a leccionar na vila alentejana de Grândola, onde conheceu uma das filhas do alfaiate, por sinal também estudante no magistério primário de Beja, com a qual casou, desta união nasceram dois filhos, um dos quais eu, obra de tanto acaso, mas que agora não tenho outro remédio senão aturar-me.

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  13. AQUI PERDEU E DE TENRA EDADE
    UMA EXTREMOSA MÃE O SEU LUIZ
    PERDEU-O PORQUE DEUS ASSIM O QUIZ
    POR EFEITO DE HORROROSA TEMPESTADE;

    PORÇÃO CAHIU DE ELECTRICIDADE
    DOIS CAVALLOS MATOU E O INFELIZ
    FICAM VIVOS UM TIO E OUTRO SE DIZ
    ESTANDO TODOS JUNTOS FATALIDADE!

    COMPREHENDA LÁ A HUMANIDADE
    OS OCCULTOS JUISOS DOS ALTOS CÉUS
    IMPOSSÍVEL E DIGA-SE A VERDADE

    DO CORAÇÃO ARRANCA E LÁBIOS SEUS
    UM SUSPIRO DE ETERNA SAUDADE
    A TERNA MÃE QUE LHE LEGA OH MEU DEUS.

    4 DE OUTUBRO DE 1870

    ( EN5 km 66,2 - direcção Alcácer do Sal/Torrão )

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  14. “Soneto da alternância”

    Já se perfilaram hoje no horizonte
    Os novos salvadores da pátria nossa
    Que os ora ao leme nos cavaram a fossa
    Esperança nova como uma nova ponte

    Nova ponte velha eu que o conte
    Melhores rodas vi p’ra nossa carroça
    Mas o ora tu ora eu só nos destroça
    Água nova brotará agora da fonte

    É a bem do povo é a bem da nação
    Dizem-nos e ainda bem à boca cheia
    Que mentira só é verdade por repetição

    Haverá sempre uma maioria que o creia
    Que povo cansado de tanta aberração
    Na falta de melhor verdade mentira anseia.

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  15. “Povo português decide-se pela compra de dois submarinos”

    O povo português em boa hora decide comprar dois submarinos, por intermédio dos seus representantes eleitos bem entendido, mas no fim dá no mesmo pois os eleitos são a voz e a cabeça do povo eleitor e que cabeça neste caso, ou não tivesse sido esta a melhor decisão por nós tomada desde que nos decidíramos pelo achamento do Brasil.

    É que o ouro que tínhamos à superfície e proveniente da época desse achamento já quase se esvaiu no socorro da nação em períodos de maiores crise e este investimento vai-nos permitir agora em primeira instância encontrar o ouro depositado no fundo do mar, mercê dos naufrágios ocorridos naquela época e poderemos assim abastecer de novo os cofres do banco central.

    Com os cofres de novo abastecidos vamos poder descansar por mais uns bons quatrocentos ou quinhentos anos e já nem nos iremos preocupar muito que el-Rei D.Sebastião regresse ou não, pois que deste modo o nosso futuro passa a estar assegurado por mais uma quantas gerações.

    É certo que nestes casos existem sempre os delatores de quem decide, mas neste caso é só inveja, pois quem assim decidiu já se vê assegura-nos um futuro auspicioso em que poderemos de novo dedicar-nos ao ócio, à baixa produtividade tão nossa característica, sem que daí venha nenhum mal ao mundo.

    E se como se prevê a quantidade de tesouros ainda depositados no fundo do mar correspondente à nossa zona de exclusividade for de grande monta ainda poderemos ajudar os nossos principais parceiros europeus a sair da crise com todos os benefícios políticos e reconhecimento que daí podem advir, sendo este o nosso novo desígnio que tanto procurávamos e que nos vai colocar de novo nas rotas de uma grande epopeia.

    Epopeia igualmente marítima, antes à tona da água e agora submergindo abaixo da linha do horizonte, foi pois grande a visão estratégica de quem por todos nós assim teve o mérito de decidir, esperemos só e por último que os submarinos tão ambicionados não metam água, porque senão continuaremos de novo a olhar acima da linha do horizonte, em manhãs de nevoeiro, na esperança de ver surgir o vulto de um salvador.

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  16. MAS ONDE ESTÁ ESCRITO QUE SOMOS OBRIGADOS A LER UM LIVRO?
    TEMOS TODOS DE GOSTAR DE LER?
    EU NÃO GOSTO E JÁ NÃO LEIO DESDE QUE DEIXEI DE ESTUDAR (+ DE 20 ANOS) E ERA OBRIGADO A LER E A INTERPRETAR O QUE OS OUTROS QUERIAM QUE EU INTERPRETASSE E LESSE, SINCERAMENTE NINGUÉM É IGUAL E NÃO É POR NÃO LER BABOSEIRA QUE OS OUTROS ESCREVEM QUE SOMOS MAIS CULTOS DEIXEM-SE DE TRETAS CADA QUAL É COMO CADA QUAL NÃO QUEIRAM IMPINGIR AS VOSSAS IDEIAS AOS OUTROS ...
    PELA LIBERDADE DE NÃO LER O QUE OS OUTROS ESCREVEM EM LIVROS

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  17. Claro que não está escrito em lado nenhum que todos temos que gostar de ler!!!Nem este texto me parece que tenha intenção de chamar ignorantes a quem não lê. No entanto deve reconhecer que quem não lê (seja o que for) dificilmente consegue aumentar a sua cultura e o seu saber. Tal como não está escrito que é pecado gostar de ler e incentivar os outros a ler!
    Porque será que todos frequentamos a escola ,cujo principal objectivo é que aprendamos a ler??? É porque é mau ler? Existe um Plano Nacional de Leitura, em boa hora criado por o anterior governo,nem tudo é mau, que se propõe a criar HÁBITOS de leitura nos portugueses. Por certo não é de certeza para o governo vender cópias do Orçamento de Estado ou as obras completas de um qualquer governante. Ler é bom,quando não o fazemos por obrigação. A leitura(seja do que for) aumenta os nossos conhecimentos,abre-nos os horizontes,contribui para a prevenção de algumas doenças relacionadas com o envelhecimento,permite-nos sonhar,conhecer outras realidades,ensina-nos a pensar,melhora a nossa escrita,ocupa de forma útil o nosso tempo livre e contrariamente aquilo que este anónimo/a esvreve torna-nos mais cultos e humildes também.

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  18. Sem querer meter a foice em seara alheia,até porque não sou militante do bloco, atrevo-me a defender o texto sobre o dia Mundial da Mulher. O comentário do anónimo que,com todo o direito que lhe assiste ,não gosta de ler livros,faz-me lembrar aqueles/as espectadoras que em tempos idos apresentaram queixa quando viram na TV o "Pato com Laranja" ou o "Império dos Sentidos". Este último também eu tive dificuldade em ver,não pelo erotismo ou pelas cenas de sexo, mas sim pela violência do mesmo. A verdade é que os vi e não protestei. Vi porque quis, uma vez que existiam na altura mais dois canais pelos quais podia optar. Isto para dizer que este blog é um blog partidário, logo, com um carácter marcadamente ideológico, por isso não é de estranhar que ele procure veicular ideias,opiniões AOS OUTROS àqueles que o procuram e leiem . Espanta-me e não compreendo tanta zanga por o texto sobre o dia mundial da mulher dizer que as mulheres Portugal representam 60 e tal por cento dos leitores de Livros. Isto é um facto ,não uma ideia. Também não vejo no texto nada que diga que quem não lê é ignorante. E mais estranho ainda, o facto de alguém vir escrever num blog partidário " NÃO QUEIRAM IMPINGIR AS VOSSAS IDEIAS AOS OUTROS"! Então o senhor quer que eles impinjam quais ideias? As suas!!????

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  19. AO HOMEM QUE NÃO GOSTA DE LER,

    NÃO LEIA HOMEM,NINGUÉM O OBRIGA!


    BJS

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  20. sou livre de não concordar, porque esse plano obriga a ler quem não gosta simplesmente...

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