domingo, 25 de outubro de 2009

A tod@s

Caros eleitores

O bloco de esquerda não queria deixar de agradecer a todos os eleitores do concelho de Alcácer do Sal e, em especial, aos que votaram BE, a confiança que em nós depositaram, e na qual viemos a conseguir eleger um representante na Junta de Freguesia da Comporta e outro para a Assembleia Municipal.
Também não queríamos deixar passar em claro, uma vez mais, o civismo do Povo do Concelho de Alcácer do Sal na hora de exercer o seu direito de voto.
O que é que implica a eleição desses representantes? Que mais sentido de responsabilidade por parte do BE? Implica que vamos estar atentos a qualquer manifestação que possa vir a ser exercida no acto do mandato por qualquer outro partido político. Implica que vamos defender intransigentemente todos os interesses ou propostas que forem apresentadas, e que sejam para benefício de todos os cidadãos do concelho de Alcácer do Sal.
Mas também queríamos salientar que vamos estar com muita atenção a projectos mafiosos e acordos no escuro, como também sacos azuis, que já por aí existiram, para que não seja tirado aos cidadãos do concelho de Alcácer do Sal aquilo que eles merecem ter.
Estamos inteiramente interessados no desenvolvimento do nosso concelho, não vamos criar qualquer obstáculo a iniciativas que nós achemos que têm de ser feitas, sempre para o bem do povo deste concelho.
Aquelas iniciativas que nos possam a vir fazer desconfiar que é para interesses de alguém pode o povo do concelho de Alcácer do Sal ficar descansado, que de imediato informamos toda a população deste concelho, e na qual as repudiaremos.
Também não queríamos deixar de informar todos os eleitores do concelho de Alcácer do Sal que vamos estar atentos, também, a todos os trabalhos que vão ser feitos a nível das juntas de freguesia.
E porquê?
Porque aí há vários jogos de interesses, como o interesse familiar para que se consiga encobrir muita coisa, o dos amigos para a panela de pressão (para não chamar tacho). Isto também se passa a nível camarário. Enfim, contamos convosco porque nós vamos estar atentos e não queremos que isso se consiga em prejuízo do povo do nosso concelho.
Contem sempre com o nosso apoio, somos pessoas democráticas e não ditadores, vamos informar-vos de tudo o que se passa de mau para o nosso concelho.

Com os nossos sinceros agradecimentos.

Henrique Carneirinho (candidato do Bloco de Esquerda)

7 comentários:

  1. “O manual do eleito”

    Ser coerente, o contrário de ser incoerente, aquele que toma decisões erráticas sem nexo determinado, umas vezes para um lado, outras vezes para outro. Que não é fiel aos seus princípios ou ainda um pouco pior que não tem quaisquer princípios.

    Ser corajoso, o contrário de ser cobarde, aquele que se esconde sob uma capa não mostrando quem realmente é, e assumindo posições de dúbia interpretação. Toma muitas vezes as decisões erradas para agradar a este ou aquele espírito.

    Ser determinado, o contrário de ser condicionado, aquele que cede aos interesses instalados, vê principalmente a evolução na perspectiva do betão e do alcatrão. Acede a viabilizar projectos com base em interesses particulares, sem privilegiar o bem comum.

    Ser honesto, o contrário de ser desonesto, aquele que gere os dinheiros públicos a seu belo prazer, em função de prioridades mal explicadas e quantas vezes com proveito próprio. Que gere os lugares públicos em função de critérios de difícil percepção e de clientelas partidárias.

    Ser humilde, o contrário de ser vaidoso, aquele que se vê a ele próprio como o detentor da verdade e de um saber quase absoluto e ilimitado. Normalmente gosta muito de se ver ao lado dos poderosos participando em eventos que propiciam projecção pessoal.

    Ser sincero, o contrário de ser mentiroso, aquele que assume um discurso dúbio, de difícil interpretação e promete sem destino aquilo que sabe que poderá eventualmente cumprir e aquilo que sabe que não pode e muitas vezes nem quer cumprir.

    Ser sereno, o contrário de ser intranquilo, aquele que nos momentos chave quase sempre assume posturas precipitadas, não consulta os seus pares nem as pessoas de que se rodeou e não faz também uso duma característica que pode ser extremamente útil em alturas de particular pressão, o senso comum.

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  2. “A moeda”

    A moeda não existe boa ou má, a moeda simplesmente existe, agora o que existem são homens que se deixam condicionar pelo uso menos próprio da mesma, e todos sabemos que a moeda é muito poderosa e pode na mão de certas pessoas ser usada para conseguir todo o tipo de favores.

    Agora os administradores da coisa pública devem estar imbuídos de um tal espírito de missão para que de antemão saibam qual o seu papel e não se deixem condicionar por este tipo de aproximações com as quais irão ter sempre que lidar.

    È um facto que a moeda é factor de desenvolvimento e qualquer autarquia não se pode dar ao luxo de esbanjar projectos que tragam desenvolvimento, mas não terá que ser a qualquer custo, ou terá ? Pois dir-me-ão alguns, mas se eu não abraçar este projecto e ceder a este ou aquele aspecto, um qualquer município vizinho irá fazê-lo.

    Estou seguro de que sim, mas terá que haver sempre uma fronteira moral que deverá constituir uma barreira a execução de projectos a qualquer custo, por mais encantadores que estes sejam, sob pena de nos estarmos a aproximar do conceito de república das bananas.

    Sabemos bem que existem sítios e países onde a troco de algumas moedas tudo é permitido, mas não creio que estes padrões devam imperar em qualquer região ou país desta nossa Europa dita desenvolvida.

    Existe depois um outro factor muito importante designado por negociação e que poderá, se forem aplicadas doses de persuasão e inteligência q.b., servir na maior parte das vezes para transformar um projecto que seria útil ao promotor num projecto útil a ambas as partes.

    É possível sim muitas das vezes, mas se não o for em todo o caso é sempre preferível rejeitar a moeda que não sendo nem boa nem má, venha com o intuito de nos condicionar, ou melhor de nos comprar, pois assim como a vida, também a dignidade humana não pode ser remível em moeda.

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  3. Frederico disse...

    Boa ana és a única que sabe falar e ter ideias, o resto é só tipos àvidos de poder.
    Mas infelizmente esta gente de Alcácer é ainda demasiado burra para compreender as coisas.
    Prefere votar em nulidades. Conta sempre com o meu voto que eu já tou farto destes parvalhões

    22 de Outubro de 2009 23:00

    in http://salaciaurbsimperatoria.blogspot.com/

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  4. “Tê Já Vês”

    - Tê já vês ? - perguntava carinhosamente o netinho ao avô Teodósio, ou melhor Tê, como sempre o tratara desde tenra idade, quando ainda não sabia pronunciar o seu nome.

    - Ainda não meu neto, estou à espera de ser chamado para a operação - respondia-lhe o avô Teodósio, ou melhor Tê, com a calma de quem já só espera, mas que já não espera alcançar.

    - Mas avô - insistia o neto - se estás assim há tanto tempo porque é que não te chamaram já ?

    - Sabes meu netinho, é que há muitas pessoas à espera da mesma operação que o avô e os hospitais não chegam para as encomendas - explicava o avô Tê.

    - Mas avô então porque é que o primo José que está emigrado na Suécia já foi operado e não teve que esperar senão duas semanas ?

    - Olha Tonito - assim tratava habitualmente Tê, ou melhor Teodósio, o seu neto António - é que cada país escolhe as suas prioridades e a Suécia escolheu ter em primeiro lugar sistemas de saúde, educação e justiça adequados às necessidades da sua população.

    - Ah bom, então e nós avô o que é que escolhemos ter em primeiro lugar - questionava uma vez mais Tonito, ou melhor o António.

    - Bom Tonito, o avô tem ouvido falar que nós cá escolhemos ter muitas auto-estradas, muitos estádios de futebol, um moderno aeroporto e o TGV.

    - O quê avô tu já vês ! - exclamou António, o Tonito, de alegria.

    - Não Tonito, não é Tê Já Vê, é o TGV, um comboio muito caro e muito rápido, como já existe nalguns países mais desenvolvidos.

    - Olha deixa lá avô, e se nós fossemos passar uns tempos com o primo Zé à Suécia, podia ser que ele conseguisse que te operassem lá a ti também ?

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  5. “Açúcar mascavado”

    Na sede da ERELP - Entidade Reguladora para o Escrutínio de Lugares Públicos :

    - Sente-se homem, então diga lá o que o trás por cá ?
    - Olhe sabe eu estou a pensar candidatar-me a Presidente da Junta.
    - Sim senhor muito bem, e então diga-nos lá o que tem em vista.
    - Sabem eu vou prometer uns lugares a uns amigalhaços lá da colectividade, prometer-lhes também um subsídio e prometo um acordo com as congéneres do Concelho.
    - Ora muito bem, deixe aí a papelada e pode candidatar-se.

    - O PRÓXIMO… pode sentar-se Senhor Engenheiro, então qual é a sua intenção ?
    - Olhe sabem eu pretendo candidatar-me a 1º Ministro.
    - Sim ? Bom… então e como é que pensa consegui-lo Sr. Engenheiro ?
    - Bom eu tinha pensado prometer aí uns lugares na administração de empresas públicas a uns quantos gestores de renome, também estava a pensar criar para aí uns 200.000 empregos e fazer umas quantas reformas, daquelas mesmo reformadoras.
    - Sim senhor tem estofo, pode deixar aí a papelada e candidate-se.

    - PRÓXIMO… sente-se Senhor Doutor, então a que devemos a honra da sua visita ?
    - Sabem ilustres, eu estava a pensar candidatar-me a Presidente da UE.
    - Boa, temos homem, então quais são os seus projectos Sr. Doutor ?
    - Bem, para começar vou anunciar que o país está de tanga e depois quando eu estiver de tanga por falta de ideias, vou patrocinar uma cimeira nos Açores com uns ilustres colegas, vou prometer a promoção de uns acordos entre forças políticas no parlamento europeu e ainda para o caso de sermos apanhados aí por alguma crise tenho prevista a promessa da criação de 10.000.000 de empregos.
    - Boa Doutor, considere-se eleito, bom… mas no entanto deixe aí a papelada e candidate-se.

    ERELP, será realidade, será ficção ? Não sei, mas o que eu sei é que a sabedoria popular por vezes nos pode enganar, pois quando o povo diz, “O que é doce nunca amargou”, e sem razão, pois estes políticos assim adocicados e as suas doces promessas, políticas, alianças e acordos, vão-nos deixando um amargo de boca, um amargo de qualidade de vida e um amargo de carteira que eu não sei mais se não devemos voltar a utilizar novamente o açúcar mascavado.

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  6. Caroa amigos

    Com 76 ou menos votos o que interressa é que a democracia tem destas coisas e deu ao BE na Comporta, a possibilidade de desempate.Só se fossem parvos é que aceitariam votar nos outros partidos eleitos, sem procurarem ficar em lugares que lhes possibilite maior capacidade de decisão, e a possibilidade de meter outro deputado na Assembleia de Freguesia. São jovens?! Bem, estive a ver a média de idades e garanto que na lista da Comporta quase todos já passaram muito dos 30 anos. Além de que, ser jovem não é sinónimo de ser burro nem de incapacidade governativa. Quem nos dera que todos os mais velhos conseguissem ter uma postura política tão aberta quanto esses JOVENS! E que ninguém pense que é por ingenuidade política que os do BE estão a tomar estas posições. Com a Srª do BE por perto é difícil que os enganem,pois ela é uma "velha" inteligente e astuta raposa nestas questões políticas! Mau, mau é os "velhos" pensarem que têm lugares cativos. A democracia é como a vida, nada é para sempre!
    Força pessoal do BE,não se deixem intimidar!

    Um abraço

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  7. Sepultura d'um Poeta Maldito

    Se, em noite horrorosa, escura,
    Um cristão, por piedade,
    te conceder sepultura
    Nas ruínas d'alguma herdade,

    As aranhas hão-de armar
    No teu coval suas teias,
    E nele irão procriar
    Víboras e centopeias.

    E sobre a tua cabeça,
    A impedi-la que adormeça.
    - Em constantes comoções,

    Hás-de ouvir lobos uivar,
    Das bruxas o praguejar,
    E os conluios dos ladrões.

    Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"

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