I
Na Assembleia Municipal de sexta- feira, dia 29 de Abril, o executivo PS apresentou uma segunda proposta de orçamento. Era, aliás, esse o principal assunto em debate. Na votação, o Bloco de Esquerda absteve-se e, deste modo, contribuiu para a viabilização do orçamento.
É certo que este orçamento é o orçamento do executivo do PS, não o nosso!
Este orçamento, como o anteriormente proposto, continua a não passar de um somatório de rubricas administrativas sem fio condutor nem estratégia que permita definir um projecto consistente para o Concelho. Continua a não apresentar projectos de investimento que contribuam decisivamente para a resolução dos problemas do Concelho.
No entanto, constatamos que, finalmente, o executivo foi obrigado a reconhecer a importância da participação das várias forças políticas representadas nesta Assembleia e a solicitar o seu parecer.
Desta feita, foram ouvidas as nossas propostas e, ainda que timidamente, vimos algumas delas serem tidas em apreciação. Representa um pouco do contributo a que o Bloco de Esquerda nunca se esquivou, mas que anteriormente fora recusado.
Foi já um passo significativo em direcção a um orçamento que sempre quisemos participado e que nunca o tinha sido.
Por outro lado, temos plena consciência de que a crise criada pelo governo PS, pela Direita e agora pelo jugo do FMI se fará sentir nas contas das autarquias. Alcácer não é excepção.
São estas as circunstâncias que justificaram a nossa abstenção, viabilizando este orçamento, na certeza de que pediremos contas!
II
Todos sabemos que este executivo PS não tem política cultural para o Concelho. O Presidente Paredes já chegou a afirmar que a promoção de acções e eventos culturais nas freguesias é … uma competência típica das Juntas de Freguesia. O Vereador da Cultura Gabriel Geraldo na última Assembleia nem sequer foi capaz de esclarecer cabalmente quais os funcionários de que dispõe o Arquivo Municipal, serviço que ele próprio tutela.
O que nunca esperámos foi ver o Presidente Paredes menosprezar o seu Vereador da Cultura publicamente, em plena Assembleia Municipal.
Perante uma intervenção da deputada Antonieta Silva criticando a falta de aposta no Património Cultural deste executivo, o Presidente Paredes delegou a resposta no… deputado Rui Damião. Ora, sucede que o Vereador Gabriel Geraldo estava mesmo ali, sentado ao lado do Presidente Paredes. Mas, pelos vistos, não era competente para dar a resposta pretendida. Certo é que o vereador Gabriel Geraldo ouviu a intervenção do deputado sobre a actividade do pelouro que ele, vereador, tutela em silêncio. Quem saiu mal da fotografia já de percebeu quem foi.
Quem sai a perder com a falta de competência do executivo somos todos nós alcacerenses!
III
Veio de novo à Assembleia para discussão e votação o Mapa de Pessoal da Câmara Municipal. Como é público, o Bloco de Esquerda desde sempre que se bate pela transparência nos concursos de admissão de funcionários públicos. A função pública não pode ser uma máquina de criação de empregos para as clientelas dos partidos políticos. Não compactuamos com "jobs for the boys!" Aliás, durante a discussão deste novo Mapa de Pessoal, o comportamento da bancada do PS passou de uma ostensiva desatenção a um notório incómodo quando o Deputado do Bloco disse que há quem denuncie o clientelismo e quem dele tire partido!
Ora, olhando para o Mapa do Pessoal apresentado pelo executivo, salta à vista a grande percentagem de admissões ou requalificações de técnicos superiores quando comparados com outros funcionários. E mais, a área de formação académica requerida para estes técnicos superiores é muito variável. Enquanto, por exemplo, para admissão ao lugar de chefe de divisão de Educação, Saúde e Acção Social apenas é requerida uma “licenciatura” seja ele em que área for; para admissão ao lugar de chefe da Unidade de Serviços de apoio é requerida uma “licenciatura em Engenharia Agrária e Desenvolvimento Regional” – note-se, apenas existente numa escola do País!
Face a esta diversidade de critérios o Bloco de Esquerda pediu esclarecimentos ao executivo. Resposta do Presidente Paredes: excepto um ou outro caso não estamos a pensar em ninguém em concreto. E face à nossa insistência, que casos em concreto são esses, o Presidente Paredes, não hesitou em afirmar: eu tenho aqui os nomes e indicou-os. Trata-se do Mário e Cardoso e de Pedro Repolho, justamente formado em Engenharia Agrária e Desenvolvimento Regional, já lá esteve [na autarquia] gostamos e não queremos outro. Perante declarações destas que mais dizer?
O Bloco de Esquerda continuará intransigente na defesa dos seus valores de sempre! Na defesa de uma autarquia ao serviço de todos os cidadãos e não ao serviço de interesses pessoais. Somos Esquerda de Confiança!
Na Assembleia Municipal de sexta- feira, dia 29 de Abril, o executivo PS apresentou uma segunda proposta de orçamento. Era, aliás, esse o principal assunto em debate. Na votação, o Bloco de Esquerda absteve-se e, deste modo, contribuiu para a viabilização do orçamento.
É certo que este orçamento é o orçamento do executivo do PS, não o nosso!
Este orçamento, como o anteriormente proposto, continua a não passar de um somatório de rubricas administrativas sem fio condutor nem estratégia que permita definir um projecto consistente para o Concelho. Continua a não apresentar projectos de investimento que contribuam decisivamente para a resolução dos problemas do Concelho.
No entanto, constatamos que, finalmente, o executivo foi obrigado a reconhecer a importância da participação das várias forças políticas representadas nesta Assembleia e a solicitar o seu parecer.
Desta feita, foram ouvidas as nossas propostas e, ainda que timidamente, vimos algumas delas serem tidas em apreciação. Representa um pouco do contributo a que o Bloco de Esquerda nunca se esquivou, mas que anteriormente fora recusado.
Foi já um passo significativo em direcção a um orçamento que sempre quisemos participado e que nunca o tinha sido.
Por outro lado, temos plena consciência de que a crise criada pelo governo PS, pela Direita e agora pelo jugo do FMI se fará sentir nas contas das autarquias. Alcácer não é excepção.
São estas as circunstâncias que justificaram a nossa abstenção, viabilizando este orçamento, na certeza de que pediremos contas!
II
Todos sabemos que este executivo PS não tem política cultural para o Concelho. O Presidente Paredes já chegou a afirmar que a promoção de acções e eventos culturais nas freguesias é … uma competência típica das Juntas de Freguesia. O Vereador da Cultura Gabriel Geraldo na última Assembleia nem sequer foi capaz de esclarecer cabalmente quais os funcionários de que dispõe o Arquivo Municipal, serviço que ele próprio tutela.
O que nunca esperámos foi ver o Presidente Paredes menosprezar o seu Vereador da Cultura publicamente, em plena Assembleia Municipal.
Perante uma intervenção da deputada Antonieta Silva criticando a falta de aposta no Património Cultural deste executivo, o Presidente Paredes delegou a resposta no… deputado Rui Damião. Ora, sucede que o Vereador Gabriel Geraldo estava mesmo ali, sentado ao lado do Presidente Paredes. Mas, pelos vistos, não era competente para dar a resposta pretendida. Certo é que o vereador Gabriel Geraldo ouviu a intervenção do deputado sobre a actividade do pelouro que ele, vereador, tutela em silêncio. Quem saiu mal da fotografia já de percebeu quem foi.
Quem sai a perder com a falta de competência do executivo somos todos nós alcacerenses!
III
Veio de novo à Assembleia para discussão e votação o Mapa de Pessoal da Câmara Municipal. Como é público, o Bloco de Esquerda desde sempre que se bate pela transparência nos concursos de admissão de funcionários públicos. A função pública não pode ser uma máquina de criação de empregos para as clientelas dos partidos políticos. Não compactuamos com "jobs for the boys!" Aliás, durante a discussão deste novo Mapa de Pessoal, o comportamento da bancada do PS passou de uma ostensiva desatenção a um notório incómodo quando o Deputado do Bloco disse que há quem denuncie o clientelismo e quem dele tire partido!
Ora, olhando para o Mapa do Pessoal apresentado pelo executivo, salta à vista a grande percentagem de admissões ou requalificações de técnicos superiores quando comparados com outros funcionários. E mais, a área de formação académica requerida para estes técnicos superiores é muito variável. Enquanto, por exemplo, para admissão ao lugar de chefe de divisão de Educação, Saúde e Acção Social apenas é requerida uma “licenciatura” seja ele em que área for; para admissão ao lugar de chefe da Unidade de Serviços de apoio é requerida uma “licenciatura em Engenharia Agrária e Desenvolvimento Regional” – note-se, apenas existente numa escola do País!
Face a esta diversidade de critérios o Bloco de Esquerda pediu esclarecimentos ao executivo. Resposta do Presidente Paredes: excepto um ou outro caso não estamos a pensar em ninguém em concreto. E face à nossa insistência, que casos em concreto são esses, o Presidente Paredes, não hesitou em afirmar: eu tenho aqui os nomes e indicou-os. Trata-se do Mário e Cardoso e de Pedro Repolho, justamente formado em Engenharia Agrária e Desenvolvimento Regional, já lá esteve [na autarquia] gostamos e não queremos outro. Perante declarações destas que mais dizer?
O Bloco de Esquerda continuará intransigente na defesa dos seus valores de sempre! Na defesa de uma autarquia ao serviço de todos os cidadãos e não ao serviço de interesses pessoais. Somos Esquerda de Confiança!
“Jumentos”
ResponderEliminarO país tem muito talento
Mas já não tem fermento
Já nos vai faltando alento
Pr’a aturar tanto jumento
Vamo-nos limitar a existir
Pois não podemos desistir
Mas sem parrocha pr’a ouvir
E tão pouco pr’a contribuir
Vão pregar para o deserto
De mim não cheguem perto
Não que seja muito esperto
Mas isto cheira-me a esturro
De jumento ouço o sussurro
E não entendo por ser burro.
“Gato e rato”
ResponderEliminarPor matarem a ratazana
Não termina a malvadez
Recomeça tudo outra vez
E o mesmo cheiro emana
Podem fazer hoje a festa
Mas preparem a ratoeira
Virá uma mais matreira
E bem maior do que esta
Faz parte do nosso viver
Que existam gato e rato
Rato corre a bom correr
O gato quer vê-lo no prato
E pr’a não se deixar comer
O rato faz as fintas ao gato.
“O PEC rato”
ResponderEliminarA troika pariu um rato
Era a minha convicção
Veio agora confirmação
Ficou-se pelo PEC quatro
Mais também não podia
Somos uma pobre nação
E já com as calças na mão
Donde mais espremeria ?
Na fotografia saiu-se bem
Quem esteve na negociação
Mas parece que não sabem
Sem grande restruturação
Por muito que nos aldrabem
Tudo não passa duma ilusão.