sábado, 16 de outubro de 2010

22 comentários:

  1. O Prometido é devido, Sr. Engenheiro!

    http://www.youtube.com/watch?v=m9cn_wA0E_Y

    ResponderEliminar
  2. “Governo precisa-se”

    Muito se tem dito e redito sobre o orçamento, imensas personalidades no activo e muitas mais nas suas poltronas douradas, têm opinado sobre as contas, mas quer umas quer outras têm cota parte de responsabilidade no estado a que isto chegou e se é sabido que o aumento da receita com o novo OE não chega nem para cobrir metade dos juros com a dívida durante o próximo ano, isto significa que estamos mesmo mal governados e aconselhados.

    Significa mesmo que a manter-se este estado de coisas, a cada ano que passa, uma parte cada vez maior dos rendimentos é para pagar juros e uma parte cada vez menor é para cobrir despesa corrente e para investir, isto não tendo em conta que as medidas deste orçamento vão deixar menos dinheiro disponível para a economia real e logo o crescimento previsto é uma miragem e o mais certo é uma estagnação ou mesmo recessão da economia.

    Se a tudo isto juntarmos o constante financiamento externo com recurso a novos empréstimos estamos mesmo a ver que esta não é uma situação difícil, mas sim desastrosa e o desastre é tal que até o FMI respirou de alívio com a nova proposta de orçamento de estado, pois se tivesse que vir para cá nem eles saberiam que volta dar à situação, é por isso que eu gosto muito de os ouvir a todos falar e sempre que um deles fala dez minutos lá se foram trezentos e cinquenta milhões em juros, mais valia que estivessem calados.

    E agora já não adianta ir à Deco, nem mesmo à bruxa, só nos resta um gesto patriótico de todos os presentes na assembleia da república que será votarem não o orçamento de estado porque isso já não nos levará a lado nenhum, pois o orçamento a seguir será bem pior e assim sucessivamente, só lhes resta portanto aprovar por unanimidade uma moção de mea culpa e que aprove em simultâneo a colocação de anúncio para um novo governo, mas não governo resultante de eleições porque nesse fado já nós andamos há tempo que baste com os resultados de todos conhecidos.

    Terão mesmo que pensar em mandar publicar nos canais internacionais próprios um anúncio do tipo “Governo precisa-se”, cuja redacção será mais ou menos assim, “governo para governar pequeno país do sul da Europa com pouco mais de dez milhões de habitantes precisa-se, com provas dadas na gestão pública e com forte vocação para o estímulo à economia real por forma a promover o crescimento sustentado de um pequeno território e que não se assuste com indígenas de tanga, não se deixe amedrontar com situações pantanosas e sobretudo não tenha medo de monstros”.

    ResponderEliminar
  3. "Dia da erradicação da pobreza"

    Dia da erradicação da pobreza
    IVA a vinte e três por cento
    Neste orçamento de magreza
    Nem força teremos p´ro lamento

    O vinho paga menos que leite
    Legumes e fruta sobem logo dez
    Subida meteórica tem o azeite
    Não vale refilar levas c’os pés

    O remédio terás que encontrá-lo
    Fazendo das tripas teu coração
    Bebe todos os tragos p’lo gargalo

    Talvez acordes rico pois então
    Após caíres bêbado com’um cacho
    Farás assim parte da erradicação.

    ResponderEliminar
  4. Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos haverá guerra.

    Bob Marley

    ResponderEliminar
  5. Palhaço, 18/10/10 22:51

    Pois é demasiado rígida sim. Só se pode despedir os deputados de 4 em 4 anos independentemente da qualidade do trabalho que fazem, e mesmo assim não temos garantias que mesmo que tenham feito asneira não tenham novamente o posto. Além disso a indemnização pelo bom ou mau serviço prestado é igual para todos e bastante avultada pelo que se vai ouvindo.

    http://economico.sapo.pt/noticias/passos-lei-do-trabalho-e-demasiado-rigida_101927.html

    ResponderEliminar
  6. "Milagre negocial"

    Vem santinho milagreiro
    Consegue lá entendimento
    Se entra o FMI primeiro
    Acaba-nos com o sustento

    Cedam lá no achocolatado
    Nós cedemos na fiscalização
    Ficando o povo conformado
    Com a brilhante negociação

    Muda-se tudo de repente
    Para que tudo fique igual,
    Ficamos limpos novamente

    Para a alternância habitual,
    Agradecem-nos eternamente
    Por mais um milagre negocial.

    ResponderEliminar
  7. "O abandono"

    O estado social terminou
    Não é verdade não senhor
    Não deves ficar com rancor
    Só porque o abono voou

    No primeiro de Novembro
    O decreto entra em vigor
    Dia de finados com rigor
    Se o abono finou não lembro

    Para salvaguardar o futuro
    Sem esta parcela do estado
    Ninguém nasça prematuro

    Que nasçam já com vint’anos
    Que à ciência nada é vedado
    Poupa-se assim nos abonos.

    ResponderEliminar
  8. "Ao mar"

    O nosso futuro é o mar
    As galochas já comprei
    Amêijoas fui apanhar
    E de balde vazio voltei

    Comprei depois uma lancha
    Mar adentro aqui vou eu
    Mas robalos só à la plancha
    Os outros alguém os comeu

    Mas que má sorte eu tenho
    Por não saber interpretar
    Sábias palavras de empenho

    De quem cumpre governar
    Vou ver s’em terra m’amanho
    E só depois atirar-me ao mar.

    ResponderEliminar
  9. "O nosso amigo"

    Veio cá o amigo Chavez
    E o navio quer comprar
    Magalhães sem entraves
    Leva p’ra cima d’um milhar

    Com amigos destes assim
    Vamos por certo sobreviver
    E se tivermos mais latim
    P’ro sabermos convencer

    Não será difícil por certo
    Fazer-lhe ver as vantagens
    De comprar pr’o seu deserto

    Lá p’la altura das monções
    Dois submarinos e equipagens
    Para substituir os camiões.

    ResponderEliminar
  10. Não voto PS nem PSD

    Apelo para que nas próximas eleições se não vote PS nem PSD, para dar oportunidade a outros!!! Sejamos muitos...e mostremos que não queremos mais desta miséria em Portugal!!!

    http://naovotopsnempsd.blogspot.com/

    ResponderEliminar
  11. O Titanic

    Por: José Niza

    Era uma noite nórdica, loira e calma. No meio do mar o TITANIC vestia-se para a festa. As senhoras passeavam-se no convés ostentando jóias e sorrisos. Os cavalheiros, de smoking, saboreavam cognacs e havanos. A orquestra animava o baile inaugural do paquete mais moderno e mais seguro do mundo. O champanhe corria a rodos e a lua iluminava a efémera felicidade daqueles rostos.

    Inesperadamente, um terrível estrondo. O TITANIC cambaleou e, do porão, subiram jactos de água. O pânico instalou-se por dentro da confusão da gritaria. Lentamente o barco afundou-se a pique nas entranhas do mar.

    Tudo naquela viagem tinha sido cientificamente estudado, previsto e programado. Menos aquele iceberg gigantesco do qual – como aprendemos na escola – apenas se via uma quinta parte. Ele andava por ali a rondar, à espreita. Mas, nos festejos da festa, ninguém o pressentiu, ninguém o viu no fundo dos binóculos.

    E no entanto, colossal, ele estava lá.

    ***

    Portugal está a bater no fundo. E não é de agora, já vem de longe, de muito longe.

    http://www.oribatejo.pt/2010/11/o-titanic/

    ResponderEliminar
  12. "Os mercados"

    No mercado da Ribeira
    A coisa lá deu p´ro torto
    Armou-se tal chinfrineira
    Apareceu um salmão morto

    Já no mercado do Bulhão
    A coisa foi bem diferente
    Estalou uma grande confusão
    Atiraram os carapaus à gente

    Os mercados andam nervosos
    Já era do nosso conhecimento
    Mas vê-los assim fervorosos

    Com o peixe fresco a saltar
    Nem os analistas do momento
    Esta previsão souberam dar.

    ResponderEliminar
  13. Em virtude do descarrilamento de um comboio de mercadorias, em Alcácer do Sal, encontra-se suspensa a circulação ferroviária na Linha do Sul, entre Setúbal e Grândola. O acidente deu-se com um comboio proveniente de Sines que transportava carvão e tinha como destino a Central Termoeléctrica do Pego.

    Estão já em curso as averiguações conducentes a apurar as causas do acidente.

    A REFER lamenta os incómodos resultantes do constrangimento à circulação ferroviária naquela linha e informa que a CP está já a providenciar transporte rodoviário alternativo para os passageiros.
    26 de Outubro de 2010



    Interdição temporária de circulação na Estação do Pinheiro

    No âmbito da construção da Variante de Alcácer, a Linha do Sul irá ser interdita à exploração ferroviária entre as 23h00 de 30/04/2010 e as 5h00 de 03/05/2010, tendo em vista possibilitar a colocação ao serviço das linhas 3 e 4 da Estação do Pinheiro (Fase 2), mediante a realização dos seguintes trabalhos:

    * Reposicionamento do aparelho de mudança de via (AMV) de entrada da estação, através de ripagem da linha actual a Norte, transferência da catenária, desmontagem e montagem do AMV;

    * Ligação a Sul do AMV de saída da estação, através do levantamento da linha entre os km 58,600 e 59,040, construção da nova plataforma, montagem da via, assentamento do AMV definitivo e montagem de catenária;

    * Desactivação da catenária das actuais linhas 1 e 2;

    * Adaptação da sinalização electrónica, mediante a recolocação de sinais e armários, alteração de software e ensaios para a entrada ao serviço da Fase 2 da Estação do Pinheiro.

    A REFER solicita a necessária compreensão dos utentes para esta interdição temporária e informa que durante o período de interdição a CP disponibilizará transporte rodoviário alternativo nos percursos afectados.
    Em construção desde Fevereiro de 2007, a conclusão da Variante de Alcácer está prevista para o terceiro trimestre de 2010.
    Lisboa, 29 de Abril de 2010


    Retomada a circulação ferroviária através da Variante de Alcácer.

    Foi hoje levantada a suspensão da circulação ferroviária na Linha do Sul, no troço Setúbal – Grândola (imposta na sequência do descarrilamento de um comboio de mercadorias, no dia 26 de Outubro, em Alcácer do Sal).
    Com vista a minimizar os transtornos criados aos clientes do caminho-de-ferro, a circulação ferroviária passa a ser feita, transitoriamente, através da Variante de Alcácer, durante o período necessário para a realização dos trabalhos de carrilamento dos vagões e de reconstrução da via agora danificada.
    A Variante de Alcácer é um empreendimento novo da REFER, em fase final de construção, que se desenvolve entre a Estação do Pinheiro e Grândola, numa extensão de 29 km, e se pode já constituir como uma alternativa temporária para a retomada da circulação ferroviária.
    Assim, a Variante será utilizada em regime provisório de restrições de velocidade, que garantem as necessárias condições de segurança, assegurando-se a continuidade do tráfego ferroviário Norte-Sul e da ligação com o Porto de Sines.


    Se quiserem também ponho em modo poético...

    ResponderEliminar
  14. Manifesto
    POR TI PORTUGAL!

    Já ninguém atura as ladainhas da classe política deste País!
    Já estamos fartos de tanta hipocrisia e de tanto desprezo dado por estes indivíduos, que são eleitos para representar o Povo, para idealizar e executar o rumo do nosso Portugal.

    Estamos actualmente no fim de um ciclo económico e político, os tempos de prosperidade e de ilusória riqueza já se estão a desvanecer.

    As crises são cíclicas sempre as houve e sempre as haverá... são derivadas a uma conjugação de factores, todos eles documentados, factores geracionais, factores geopolíticos entre outros... e a despoletar tudo isto os factores económicos.

    Estamos num período crítico e ideal, para idealizar, sugerir e concretizar uma mudança de valores, de atitude e de rumo para o País.

    Não somos obrigados a viver sempre sobre pressão destes ciclos económicos, é tempo de mudar, é tempo de agir e parar com a hipocrisia.

    http://engenho.atuaoportunidade.com/

    ResponderEliminar
  15. "Hominídeos"

    Portugal é dos portugueses
    Grécia aos gregos pertence
    Aos povos ninguém vence
    A Irlanda é dos irlandeses

    Mas os povos estão cansados
    Desta económico ditadura
    Que desde a criação dura
    Nestes e em tantos reinados

    O dinheiro em todos manda
    Esta é a natureza humana
    E não pode ser contornada

    O vil metal um cheiro emana
    Que os hominídeos condiciona
    É como pr’os macacos, a banana.

    ResponderEliminar
  16. "Dissecação"

    Orçamento vai ser dissecado
    Já se encontra no gavetão
    Legista já está preparado
    O bisturi também está à mão

    Um corte na zona do peito
    Não foi falta de circulação
    Outro na zona dos intestinos
    Também não era obstipação

    O cérebro ficou para último
    Não era principal preocupação
    Mas viu-se estava verdíssimo

    Para nossa grande admiração
    Na certidão ficou claríssimo
    Causa da morte, falha na irrigação.

    ResponderEliminar
  17. "Luso herói"

    É um artista português
    O da pasta medicinal couto
    Mas esse caiu-nos no goto
    Daí para cá é o que vês

    Terá o português suave
    Vindo ocupar-lhe o lugar
    Agora é o que está a dar
    Veio pr’a ficar o alarve

    Não mais passou pl’a goela
    O beirão de quem se gosta
    Levamos todos por tabela

    De tanto os vermos actuar
    Tão natural como a tua sede
    Vêm e ficam pr’a nos tramar.

    ResponderEliminar
  18. "Infectado"

    O contágio estará eminente
    Mas a vacina ainda não temos
    Uma coisa já todos sabemos
    Que o vírus é bem persistente

    Dr. Teixeira o doente observou
    Poderá necessitar intervenção
    Mas também pode ser que não
    Na paleta o diagnóstico anotou

    Outra coisa foi recomendada
    Por um Dr. bem conceituado
    A partir de agora boca fechada

    Para o doente não ser penalizado
    Pois a infecção pode ser agravada
    Se o diagnóstico fôr desvirtuado.

    ResponderEliminar
  19. "Passarele"

    Portugal nunca foi a Grécia
    Agora também não é a Irlanda
    Passada com distinção a geografia
    Classe política que em nós manda

    Oh meus caros governantes
    Vejam lá se tiram um mestrado
    Para não serem meros talhantes
    Deste nosso país esquartejado

    Que o façam em alta-costura
    Aprendam a desfilar na passarele
    Adelgacem a vossa cintura

    Para diversificar o vosso papel
    Garantem uma vida de loucura
    Mesmo se a política vos fôr infiel.

    ResponderEliminar
  20. "Batalha naval"

    Nova ordem mundial
    É já ao virar da esquina
    Escuta isto é pr’a teu mal
    Mas é a nossa doutrina

    Vamos ganhar uns biliões
    Por isso temos que o sacar
    Mas para nós são só tostões
    Tudo iremos escavacar

    Lembras a batalha naval
    Um tiro no couraçado
    Afundar barcos era normal

    Vêm daí as nossas raízes
    Este era o nosso passado
    Agora é afundar países.

    ResponderEliminar
  21. "Torres de papel"

    Nesta sociedade falhada
    Cheia de torres de papel
    E esquemas em carrossel
    Vamos acabar à dentada

    Sentes o peso nos ombros
    Das torres a desmoronar
    Não tens como desabafar
    Já no meio dos escombros

    Não tens quem te reconforte
    Vives um tempo duro de roer
    Em que certo só tens a morte

    E se acaso pretendes saber
    O que te irá caber em sorte
    Vê como eras antes de nascer.

    ResponderEliminar
  22. "Duelo ibérico"

    Eles com o touro osborne
    Nós com o galo de barcelos
    Em noite de duelos ibéricos
    É certo que ninguém dorme

    Enfardaram quatro no saco
    Desta vez nuestros hermanos
    Fomos um pouco desumanos
    Fizemos os homens num caco

    Foi uma goleada histórica
    Nunca antes se havia visto
    De uma forma tão categórica

    Não mais esqueceremos isto
    Jogou-se com uma bola esférica
    Paulo Bento a primeiro ministro.

    ResponderEliminar