quinta-feira, 13 de maio de 2010

Basta de Demagogia!

Na última Assembleia Municipal – 11 de Março – o Regulamento Geral e Tabela de Taxas proposto pelo executivo PS, voltou a ser chumbado com os votos do BE e da CDU.
De salientar, que esta é a segunda vez que o executivo PS submete aquele documento à Assembleia, sem lhe introduzir qualquer alteração relevante.
O Bloco de Esquerda sugeriu ao executivo PS alterações ao Regulamento Geral e Tabela de Taxas. Apesar do executivo PS afirmar que pretende ouvir todas as forças políticas, teima em ignorar, com arrogância, as propostas que lhe são apresentadas. Pela nossa parte, julgamos que seria vantajoso para a população de Alcácer se na prática, o executivo fosse capaz de dialogar.
Demagogicamente, o PS fez crer que a não aprovação do Regulamento Geral e Tabela de Taxas impedia a cobrança de taxas pelo Município, o que não corresponde de todo à verdade! Efectivamente, as taxas continuam a ser cobradas pelos valores de 2009. A tesouraria do Município não está paralisada como afirma o PS, apenas as taxas não são cobradas com o valor actualizado.
Demagogicamente, o PS fez crer que estaria em risco o pagamento das remunerações dos funcionários da autárquica, o que é completamente mentira!
A nosso ver, o que poderá colocar em risco a autarquia é a delapidação desenfreada do património municipal!

26 comentários:

  1. “Crises abençoadas”

    Quinta-feira, 13 de Maio de 1982, decorria uma visita papal ao nosso país, eram tempos já de uma crise anunciada, o povo estava espiritualmente sereno e confortado com tão excelsa visita, era assim o prenúncio de uma crise abençoada que viria a ter o seu ponto mais alto, ou mais baixo na cativação do 13º mês do nosso salário, pelo então primeiro ministro.

    Tivemos pois a sorte de sermos espiritualmente confortados, enquanto financeiramente a inquietude aumentava, é certo a fé é importante, primordial até, mas nas sociedades actuais em que apesar destes apelos os laços de fraternidade e solidariedade parecem cada vez mais fracos, ninguém consegue viver só de fé, necessita de um rendimento.

    Mas a nossa sina parece ser a de viver sob o espectro da crise, porque apesar de todos os factores externos que se possam sempre apontar o que é facto é que desde então não temos assistido a outra coisa que não sejam promessas vãs, vezes sem conta quebradas e visto sempre agravadas as nossas contribuições para o estado.

    Quinta-feira, 13 de Maio de 2010, a história repete-se, vivemos em plena crise, com medidas duríssimas anunciadas no que toca à extorsão de mais uma fatia do nosso rendimento, mas mais uma vez temos a sorte de estar a decorrer entre nós uma nova vista papal, para espiritualmente nos reconfortar e até diga-se transmitir mensagens muito fortes de fé, abnegação e esperança, é novamente uma crise abençoada.

    Por aquilo que me é dado a ver a Igreja cumpre com elevação a missão a que se propõe, já no que toca aos nossos políticos e feita a mesma análise parece deixarem muito a desejar, tenhamos fé que algo mude desde agora até à próxima visita papal, que nessa altura em vez de se estar a abençoar uma próxima crise, possam estar a ser abençoados os nossos políticos pelo acréscimo de conforto financeiro que entretanto nos possam ter proporcionado.

    Veremos assim cumpridas ambas as missões, a da Igreja que nos proporciona o conforto espiritual e a do Estado que desejavelmente será capaz de nos proporcionar o necessário conforto económico, pois todos esperamos que os sacrifícios agora infligidos possam ter um retorno positivo, ou então toda a nossa fé neste sistema estará irremediavelmente perdida, será a vez de nos amaldiçoarmos por termos conseguido parir quem de forma consistente nos conduz à crise eterna.

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  2. Comentado a: 14-05-2010 13:54

    por:Anónimo

    Srs. sindicalistas e popliticos, profissionais, olhem o que fez a Espanha, Grécia, Irlanda, Ingaterra e outros. Quem paga a crise são os politicos e funcionarios públicos. Quem beneficiou de 2,.9% em 2009? Deixem as formigas e olhem para as cigarras.

    http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/Risco+da+divida+portuguesa+entre+os+10+que+mais+sobem+no+mundo.htm

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  3. “Lusitânia”

    Todo o governo gritou
    Até o coelho ajudou
    Aperta aperta com eles
    O fisco sempre a cobrar
    O povo todo a quebrar
    Aperta aperta com eles,

    quem não se lembra da música, música pimba pois então e o que esperavam com a aproximação da época estival e os seus bailaricos também o governo e oposição resolveram entrar na dança e com os mesmos como mote, o povo quem havia de ser, aplicam mais umas taxas, e o povo habituado a tanta pimbalhada já nem estranha.

    Não queiras saber de mim
    Porque eu estou que não me entendo
    Dança tu que eu fico assim
    Hoje não me recomendo,

    assim estamos nós, que não queremos saber porquê nem sequer entendemos estas prioridades de comboios e pontes e de cortes na saúde e na educação, promessas de aumento dos bens essenciais, promessa de aumento do preço da água que segundo a ministra é inevitável e necessário, parece que vivemos no tempo do Robin Hood mas ao contrário, em que é prática aceite por todos tirar aos pobres para dar aos ricos.

    Não me obriguem a vir para a rua
    Gritar
    Que é já tempo d' embalar a trouxa
    E zarpar,

    gritar na rua pois então, mais uma bela manifestação e no dia seguinte com os egos refeitos volta tudo ao mesmo, será tempo de embalar a trouxa e zarpar, talvez ainda não seja hora dessa derradeira solução, ainda podemos fazer como algumas, muitas empresas fazem por este país fora e resulta.

    Podemos fechar o país, declará-lo na falência, falência económica, pois a falência moral já há muito que se deu, reformulamos e refundamos tudo aquilo que conhecemos, mandamos alguns para Alcatraz, que mesmo sem culpa provada irão em prisão preventiva e voltamos a abrir, agora com nova gerência e como Lusitânia.

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  4. Comentado a 17-05-2010 00:11
    por Zeportugales

    Mais uma vez o nosso maior vendedor de banha da cobra, perdeu uma oportunidade para estar calado. Este Sr. Eng? ultimamente cada vez que abre a boca, mais se enterra, a sorte é estar num paiseco de tótós, que ninguem reage nem se unem para por esta gentalha na linha e estáo-se regalanda, tachos para os amigos, escandalos atraz de escandalos, puseram o pais na banca rota e gozam de uma vida de nababos. Viva a Portugaleja o paraiso dos vigaros, corruptos e gatunos.

    http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/Socrates+da+exemplos+de+Portugal+para+defender+inovacao+e+ciencia.htm

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  5. O Côrvo, Alvito 17/05/10 11:13

    "RISCO DE PORTUGAL DISPARA". O estado das Finanças Públicas é tão grave que, já não vai lá com medidas fiscais de desespero, que só vem agravar mais ainda o estado da economia, destruindo o poder de compra dos cidadãos e consequentemente, provocando o continuar do encerramento de empresas. A incompetência dos nosso governantes, que ao longo do tempo nunca controlaram a despesa, acabou por nos criar um fosso financeiro que não se consegue ultrapassar, e que está a pôr em causa, a pouca riqueza que ainda existe. Portugal caminha para o incumprimento e para a ruina. Tal como a Grécia, que embora auxiliada, quase duplicou a sua dívida pública, porque tem que pagar, O nosso País encontra-se neste beco sam saída. O apropriamento indevido dos dinheiros públicos nuns casos, e a má aplicação em outros, a clientela política criada pelos sucessivos governos, aliada a uma certa impunidade e desresponsabilização e encobrimento, tudo isto contribuiu para se criar a falsa ideia de prosperidade futura que desaguou nisto: Um País quase falido. Ainda se a nossa justiça funcionasse, talvês que tivesse atenuado um pouco a roubalheira descontrolada, assim não. A despesa monstra criada, é o espelho de uma Nação perdida... que nunca compreendeu a Liberdade com responsabilidade. Cada um, fez a sua leitura, de acordo com as suas ambições,formação, educação, etc. assim se comportou. A Europa Comunitária, pagava para não se produzir na Agricultura, subsidiava a redução da frota pesqueira e, assim, com governantes irresponsáveis, um povo ocioso e subsídio-dependente, com muito oportunismo à mistura, sonhou-se com o ELDORADO Comunitário, que não resistiu a uma crise financeira vinda do espaço exterior... porque esta Europa Comunitária, já estava doente. Portugueses, saídos de uma ditadura, deslumbraram-se com a vinda dos rios de dinheiro que logo se diluiram nas clientelas partidárias.

    http://economico.sapo.pt/noticias/risco-de-portugal-e-o-que-mais-sobe-no-mundo_89786.html

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  6. “A nossa República”

    O PR não podia ter feito esta comunicação ao país, quer dizer poder podia tanto assim que o fez, mas logo quando há tantos temas a necessitar de uma atenção especial o PR podia ter optado pelo silêncio em relação a este e ter optado por outro mais premente, em particular neste momento difícil que atravessamos.

    Um caso gravíssimo e sobre o qual não ouvi ninguém pronunciar-se, nem mesmo o PR, é o comportamento desajustado que a República anda a ter por estes dias, diz quem sabe que ela agora anda com gostos caríssimos apesar dos seus concidadãos andarem a passar necessidades.

    Foi vista no 16eme arrondissement em Paris, a passear-se num carro com chauffeur, a comprar perfumes caros, vestidos de marca e jóias Pierre Cardin, ainda que tal se justificá-se pelo facto de se aproximar a comemoração dos seus cem anos, mas atendendo ao estado da nação ela devia ter outra postura e ser um pouco mais comedida nos gastos.

    No regresso à nossa capital, não raras vezes tem sido vista com o cartão Gold nas lojas da Avenida da Liberdade, sem se furtar a despesas, pois normalmente é vista com o seu motorista carregado de sacos das melhores lojas, dia sim, dia sim, vai ao cabeleireiro e não faz por menos é sempre ao Eduardo Beauté, é preciso que alguém ponha travão a estes gastos supérfluos.

    Esta sim seria uma incumbência primordial do nosso PR, mas parece que com esta senhora ninguém se mete e já me chegou aos ouvidos que não contente com tudo isto resolveu agora marcar uma consulta na Corporación Dermoestética para fazer um peeling e diz-se também que um implante mamário, tudo para aumentar a auto estima, será possível ?

    Senhor PR basta, é preciso impor a esta Senhora um comportamento condizente com o estado da nação e as condições de vida dos seus concidadãos, devem pois ser-lhe impostas as mesmas restrições que a todos nós uma vez que eu ouvi dizer serem os sacrifícios pedidos a todos sem excepção.

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  7. “O último tango”

    Lembro-me da excitação que foi, na época, a exibição do filme “O último tango em Paris”, organizavam-se excursões à capital para poder presenciar esse acontecimento raro na altura, sim excursões, porque ainda eram relativamente poucos os automóveis e só para alguns e pasme-se o nosso país possuía apenas quinze quilómetros de auto-estrada, do Fogueteiro a Lisboa, para além da meia dúzia de quilómetros Lisboa-Estádio Nacional, uma das primeiras do mundo, inaugurada em 1944.

    País evoluído o nosso na altura com uma das primeiras auto-estradas do mundo e a estreia na capital de um dos primeiros filmes a roçar o erotismo a que o país assistia, naqueles tempos ir do Alentejo à capital era um grande acontecimento para a maior parte das pessoas, uma odisseia realizada poucas vezes na vida e então para assistir a um filme erótico era caso único e acontecimento nacional para quase todos.

    O acontecimento era de tal grandeza que uma vez regressados ao Alentejo, nas reuniões da Tupperware e nos chás de caridade o grande tema de discussão girava precisamente à volta das cenas visionadas lá na capital, em particular aquelas mais ousadas e como tal geravam uma discussão mais acesa, enquanto se bebia o tal chá e se comia um pãozinho de trigo, produzido das nossas lindas e imensas searas.

    Desde então muito se evoluiu, hoje já todos, ou quase todos possuem automóvel, é um objecto banal, de primeira necessidade até, das imensas searas nem vê-las, mas em contrapartida temos quilómetros de auto-estrada a perder de vista e com interligação à rede europeia, tanto assim que se quisermos será fácil ir comer uma tortilha a Madrid, ou um croissant a Paris, e em breve será muito mais rápido.

    Quanto aos filmes que agora se vêem sobre este, ou sobre temas conexos, ainda recentemente assistimos ao da tanga, seria porventura a fêmea do tango, que acabou por desaguar em Bruxelas e temos agora bem fresquinho a saltar o último tango em Madrid, que aprendemos se dança a dois e porventura se dançará de tanga, não por culpa nossa, mas muito por culpa de um qualquer realizador estrangeiro que resolveu cortar-nos no orçamento dos figurinos.

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  8. luas de àgua disse...

    OS RICOS QUE PAGUEM A CRISE! Mas onde é que eu já ouvi isto! Estamos a voltar ao final dos anos 70?

    Caro anónimo,

    a nossa Res/pública não vai lá nem com implantes mamários. O Sócrates esqueceu-se que aos 100 anos já não há "teta" para ninguém. Já nem na velha Europa ele consegue mamar! O futuro deles é qualquer uma recta das imensas estradas onde enterraram os euros que avidamente sorveram durante 20 e muitos anos .
    Nacionalizem a banca ,a EDP, a PT,as estradas de portugal(que são mais que os pais) e outras empresas que continuam a ter chorudos lucros e resolvem os problemas do país! Esta ganãncia dos humanos pelo dinheiro ,é para mim incompeensível! Afinal espera-os no fim da linha, 7 palmos de terra e um caixão!
    dir-me-ão: sim, mas enquanto viveram tiveram uma vida faustosa! Também tenho uma vida fausta, de necessidades,mas também de Sol,de gente boa e gira à minha volta,de animais,de plantas, de brisa,de sucessivos entardeceres fantásticos, de música, de livros,e principalmente de SONHOS!

    18 de Maio de 2010 19:30

    http://mpapeis.blogspot.com/2010/05/e-tu-quem-es.html#comments

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  9. “A nossa selecção”

    É de facto a nossa selecção, e qualquer que fosse a nossa escolha não estaria isenta de polémicas, agora só nos resta esperar que tenham uma boa prestação, até aqui os resultados não têm sido famosos, mas tudo ia sendo mais ou menos disfarçado, ou pelo menos nós íamos acreditando nem que sim, nem que não, antes pelo contrário.

    Mas agora com contratação da nova seleccionadora europeia tudo mudou de figura, estão já num estágio em altitude, onde há menos oxigénio, sim que malta que conduz o jogo da forma como tem conduzido até aqui o que merece mesmo é respirar um ar menos rico em oxigénio, a ver se começa a aclarar as ideias.

    Está previsto para a próxima semana um jogo de treino com uma selecção de Bruxelas, aquela que é tida no momento como a selecção que mais tem contribuído para o actual estado do campeonato e se o nosso jogo não melhorar a seguir já se antevê um jogo de preparação com os melhores jogadores do FMI, é começar a preparar já as caneleiras meus senhores.

    Nós todos como apoiantes e torcedores, ou melhor neste caso como torcidos, pois ao preço a que nos estão a impor os bilhetes para assistir ao jogo, mesmo quando não vamos ao estádio, leva qualquer um de nós a um estado de nervos que o melhor mesmo é irmos lá para aliviar a tensão, chamar nomes feios e atirar um tomates ao seleccionador nacional, pelo menos enquanto tal prática não for taxada em sede de IRS.

    Até agora a táctica era uma, contra ataque e fuga para a frente para procurar iludir o adversário e público nas bancadas, mas a chegada desta seleccionadora refreou um pouco os ânimos e a táctica tornou-se um pouco mais lenta, mas com fortes investidas no contra ataque, tendo-se para isso optado pela aquisição de um jogador de peso a uma equipa da oposição.

    É de facto uma táctica nova para tempos novos e que se justifica plenamente pois nas últimas três semanas o mundo do futebol mudou muito e não sabemos o quanto ainda irá mudar até ao campeonato, pena é que os sucessivos treinadores não tenham antevisto estas mudanças antes, pois ao invés de estarmos nós agora a ser enrolados pela mudança teríamos certamente tido a possibilidade de a driblar e há muito ter rematado para golo.

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  10. Humor negro económico

    Qual foi o último desejo da economia da Islândia, antes de morrer?

    Que as suas cinzas fossem espalhadas pela Europa...

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  11. “Desperados”

    Aquela era a rua empoeirada no meio do lugar meio abandonado, onde normalmente decorriam os duelos, uma caveira de equino jazia por terra, não se via vivalma naquele fim de tarde encalorado, não minto, havia dois abutres pousados no alto da torre da igreja, cujos sinos de bronze haviam sido roubados há muito.

    Sentia-se no ar, ou melhor sente quem está habituado a estes momentos, aquela poeira quente que dá sinal quando algo está para acontecer, ao longe de nascente vê-se uma nuvem de poeira em crescendo e quase simultaneamente do lado oposto avista-se também uma poeirada imensa e bem definida.

    Aproximam-se e param ainda distantes, no topo poente é possível ver surgir Desperado Zé, na sua montada, um belo lusitano puro, no colt à cintura os seus reluzentes magnum 45, coronhas em madrepérola, do outro lado acabara de deter-se Zé Desperado, sua mula bem tratada e à cintura as velhinhas colt 45, coronhas de madeira, herança de um tio, também pistoleiro.

    A coisa promete, apeiam-se ambos das suas montadas e caminham em direcção um ao outro, sabem como é, perna arqueada e mãos descaídas um pouco atrás do tronco e ligeiramente abaixo da cintura, mas que cena, deixa-me cá esconder atrás desta pipa velha que aqui está bem perto de mim, não vá vir para aí alguma bala perdida.

    A partir desse momento mais nada vi, apenas pude ouvir a voz forte de Desperado Zé, venho buscar o meu imposto especial, com retroactivos, ainda ouvi Zé Desperado com voz trémula, estou de tanga Zé, um curto silêncio seguido daquele ruído rápido, quase instantâneo do sacar das armas e dois fortes estrondos, de magnum não havia engano, os colt não tinham sequer podido falar.

    Silêncio absoluto, levantei lentamente a cabeça, ligeiramente acima do tampo do pipo, Zé Desperado jazia por terra, no alto da torre vi quatro olhos que brilhavam e Desperado Zé que caia em si, após aquele momento irreflectido, pois tinha acabado com o Zé Desperado, sem sequer cobrar o imposto e ao mesmo tempo tinha acabado com a própria fonte do rendimento, já nada havia a fazer …, soube anos mais tarde lá na grande cidade que só os abutres se tinham safado.

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  12. MARIA, VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO 21/05/10 15:45

    Vivemos num pais que em vez de produzir riqueza, produz ricos.

    http://economico.sapo.pt/noticias/exemplos-praticos-da-subida-das-taxas-de-irs_90310.html

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  13. “Baile português”

    Ainda te lembras lutador
    Como tudo começou?
    Se te esqueceste eu não...
    Nosso primeira contenda
    Foi naquela fazenda
    Em África no Verão

    A luta estava a aquecer
    A G3 a enraivecer
    Construiu-se depois a paz
    Para viver em democracia
    Extorquir mais não se podia
    Mas depois veio a crise e zás...

    (Refrão)
    Todo o governo gritou
    Até o coelho ajudou
    Aperta aperta com eles
    O fisco sempre a cobrar
    O Povo todo a quebrar
    Aperta aperta com eles
    Nós apertamos os dois
    Então ai é que foi
    Aperta aperta com eles
    A vaca secou de vez
    Sem se perceber os porquês
    Nesse baile português

    Ainda te lembras lutador
    Como tudo começou?
    Se te esqueceste eu não...
    Nosso primeira contenda
    Foi numa fazenda
    Em África no Verão

    A luta estava a aquecer
    A G3 a enraivecer
    Construiu-se depois a paz
    Para viver em democracia
    Extorquir mais não se podia
    Mas depois veio a crise e zás...

    (Refrão) (2x)

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  14. “O referendo”

    Tanto ou tão pouco já temos sido bombardeados com estas notícias que já estamos fartos de saber, vamos ter que fazer um sacrifício, para salvar o país dizem-nos, e porque não fazer um referendo em matéria tão sensível e que diz respeito a todos nós, se calhar fazia mais sentido que outros referendos de que para aí se tem falado e mesmo que outros já concretizados.

    Os três arautos do sacrifício não nos merecem já grande confiança, digo eu, o ministro da finanças já sabemos anda com uma pressa danada em começar a cobrar o tal de imposto, resultante do sacrifício, não percebemos bem porquê uma vez que também já disse que no final do ano o valor cobrado será sempre o mesmo, então para quê essa fobia desatada.

    O outro arauto que antes da crise pouco ou nada piava, o governador do nosso pouco ouro, desde de que foi confirmado para novo cargo com mais do dobro da remuneração, o seu sacrifício, não se cansa de apregoar que teremos que fazer o nosso sacrifício, mas não é suficiente e que portanto a seguir virão outros sob a forma de redução de salários ou novos aumentos de impostos.

    O terceiro arauto do sacrifício, o nosso PR é mais comedidozinho, pois coitado não tem poder executivo, mas lá vai anunciando que temos mesmo que nos sacrificar, não temos outra opção, mas que não nos esqueçamos de olhar para os mais carenciados, que pelo andar da carruagem qualquer dia somo nós todos e nesse dia ou mesmo já hoje tenho a sensação que estes apelos de tão constantes já caem mais em saco roto que outra coisa.

    No meio disto salva-se o nosso primeiro, pessoa de um optimismo incansável e que nos viu como os primeiros a sair da crise, com crescimentos assinaláveis e promissores, e com poder económico para continuar com as grandes obras, antes fosse, mas de tão bombardeado já não consigo acreditar em nenhum, resta-nos então a primeira hipótese avançada, a do referendo.

    A ser assim sobra aquela sempre difícil questão de qual a pergunta a formular aos cidadãos, podia ser “Está disposto a sacrificar parte do seu rendimento para ajudar o país a sair do buraco em que o meteram os que agora clamam pelo nosso sacrifício, sabendo que esses mesmos arautos foram responsáveis pelo governo da nau nos últimos vinte e cinco anos, desde os tempos do dinheiro a rodos da CEE, passando pelo pântano e pela tanga, até ao actual pantanal em que nos encontramos ?”, SIM ou NÃO ?

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  15. Anónimo
    22.05.2010, 22:57

    Penso que o Ministro das finanças tem carradas de razão. Senão vejamos, se o parlamento serve apenas para transportar para o regime juridico interno os regulamentos comunitários,porque gastar centenas de milhões de euros com 230 deputados e centenas e centenas de assessores, todos pagos a peso de ouro.

    Para administrar as finanças basta um ministro e o Director-Geral. o 25 de Abril, teve um espirito puro, mas a partidarice e a polítiquice destruiram economicamente este país com os grande vencimentos, mas principalmente as grandes reformas e subvenções atribuidas ao deputados e aos partidos.

    Pela net vai-se sabendo das mordomias astronómicas atribuidas aos políticos nada condizentes com os rendimentos do país que somos.

    http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1576141

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  16. “Nova petição”

    Os deputados debatem o estado da nação a 15 de Julho e na semana seguinte vão de férias, nada mais errado tendo em conta o actual contexto de crise, em que o mundo muda todas as semanas e consequentemente o país também, daí que fosse mais avisado antecipar este debate, por muitas e variadas razões, senão vejamos.

    De meados de Junho a meados de Julho decorre o campeonato do mundo de futebol e o país quase irá encerrar para assistir, por isso por muito que o mundo mude nesse período por cá não se irá sentir muito a mudança, assim as principais mudanças irão ter lugar daqui até lá, logo faria mais sentido debater o estado da nação por estes dias.

    Com o próprio campeonato do mundo a decorrer para além da paralisação do país certamente que os senhores deputados irão optar por faltar às sessões para assistir aos desafios o que criará uma grande instabilidade nas sessões que se realizam a partir de meados de Junho, o que também joga a favor dessa antecipação.

    Muito mais importante que as anteriores é que com a rapidez da mudança e com a direcção que vemos as coisas levar o melhor é mesmo antecipar o debate, senão arriscamo-nos a que qualquer dia já não consigamos reconhecer o estado em que estamos, correndo o risco de a nação ser apenas uma fraca figura dela própria.

    E se tudo isto não bastar então devemos seguir o exemplo do nosso irmão Brasil, onde existe já um conjunto de deputados a tentar aprovar a antecipação das férias para Junho para poderem assistir à copa do mundo, com a vantagem dizem eles, de se poupar muito nos custos de funcionamento, pois com a assembleia fechada não existe funcionamento, são capazes de ter razão.

    È por tudo isto que em vez dessa petição ridícula que anda para aí a circular para reduzir o número de deputados, devemos fazer outra para antecipar o debate do estado da nação pois é agora que este se justifica e antecipar também as férias dos deputados para antes do campeonato do mundo pois irá evitar muita perturbação na assembleia e tem por último a vantagem de se poupar uns cobres por este período extra de não funcionamento.

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  17. Ò Pedro, e se a pergunta ao referendo fosse simplesmente esta?

    Deseja que esta pedaço de terra a que chamam portugal seja anexado como província de los nuestros hermanos espanhois? Sim ou Não?

    Eu lixo-me em histórias de ADAMASTORES E GLÓRIAS E VOTO SIM!

    Estou farta,de um possível passado "glorioso" que nos dias de hoje não nos leva a lado nenhum.

    Que me interessa a mim se somos campeões do mundo ou se ficamos em último lugar? Se o papa veio ou foi?A verdade é que, uma semana depois do suposto sucessor de Pedro ter pisado este chão, abriram-se em portugal as portas do Inferno!O meu cinto já não tem furos, imagino o cinto daqueles que ganham o ordenado mínimo e têm uma prole para alimentar!

    Neste momento tenho vergonha de ser portuguesa!


    fiquem bem

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  18. VOENA He Lives in You

    http://www.youtube.com/watch?v=Jkp96htC5cc

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  19. “Pinho”

    Fabrica e vende móveis de pinho, de carvalho, de bétula, de faia, abre hoje a sua terceira loja no nosso país e tem já planeado avançar com mais duas no médio prazo, é pertença do quarto homem mais rico do mundo que resolveu e muito bem investir por estas paragens, terá sido pelos nossos lindos olhos.

    Terá sido pelos nossos lindos olhos e não só, pois não é de olhos fechados que se chega a quarto mais, é seguramente com muito trabalho, estratégia, planeamento e integração de toda a cadeia, desde a produção ao consumidor final, mas não só, é preciso saber aproveitar as oportunidades do nosso mundo globalizado.

    E no aproveitar é que está o ganho, para já aproveitou desde logo uma página inteira de reportagem num dos semanários de maior tiragem nacional, onde ficamos a saber que terá aproveitado da melhor forma a debilidade do nosso mercado de trabalho, pois conseguiu ter cinquenta e picos candidatos para cada lugar.

    Com esta taxa de procura poderia pensar-se que as remunerações seriam atractivas, mas não, fica a saber-se pela mesma reportagem que são de seiscentos euro líquidos já com todos os subsídios e que para meios horários quase chegam aos trezentos, nas mesmas circunstâncias, é saber aproveitar bem estes tempos de crise.

    Consegue ainda que um quarto destes trabalhadores, ia dizer empregados mas não, só assinam por quatro meses e depois logo se vê, possuam habilitações superiores, o que diz bem do que é saber aproveitar o momento, para além de ter sabido aproveitar da melhor forma a posição geográfica escolhida.

    Não escolheu a China porque a intenção é produzir e vender na Europa, e o custos logísticos desde tão longe e para mercadorias de alguma dimensão não seriam tão atractivos, mas também não escolheu o centro do continente onde os custos laborais já pesam, escolheu-nos a nós não pelos lindos olhos, mas pelas nossas vistas curtas.

    Não há que criticar quem assim decidiu em função das variáveis do mercado, são tudo opções que eu também tomaria nas mesmas circunstâncias, o que temos que ponderar é se queremos prosseguir nesta via, de aos seiscentos euros ainda ter que retirar trinta por cento, como já por aí apregoam, façam as contas e depois digam-me se não dão toda a razão ao Pinho quando afirmou, invistam no nosso país que os custos salariais são baixos.

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  20. A NOVA POBREZA - Manuel António Pina

    Os novos pobres

    A crise quando chega toca a todos, e eu já não sei se hei-de ter pena dos milhares de homens e mulheres que, por esse país, fora, todos os dias ficam sem emprego se dos infelizes gestores do BCP que, por iniciativa de alguns accionistas, poderão vir a ter o seu ganha-pão drasticamente reduzido em 50%, ou mesmo a ver extintos os por assim dizer postos de trabalho.
    A triste notícia vem no DN: o presidente do Conselho Geral e de Supervisão daquele banco arrisca-se a deixar de cobrar 90 000 euros por cada reunião a que se digna estar presente e passar a receber só 45 000; por sua vez, o vice-presidente, que ganha 290 000 anuais, poderá ter que contentar-se com 145 000; e os nove vogais verão o seu salário de miséria (150 000 euros, fora as alcavalas) reduzido a 25% do do presidente. Ou seja, o BCP prepara-se para gerar 11 novos pobres, atirando ainda para o desemprego com um número indeterminado de membros do seu distinto Conselho Superior. Aconselha a prudência que o Banco Alimentar contra a Fome comece a reforçar os "stocks" de caviar e Veuve Clicquot, pois esta gente está habituada a comer bem.

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  21. Lula da Silva é o presidente de que o Brasil precisava e de quem o mundo também necessita. Conseguiu credibilizar a economia brasileira, das poucas que não sofreu com a crise e move-se na diplomacia internacional de forma notável, sempre em prol da paz. Quem nos dera a nós, portugueses, termos um político assim.

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  22. “Em busca do ouro perdido”

    São elevadas as expectativas, levantou esta manhã de Figo Maduro o Falcon 50, transportava a bordo uma comitiva de alguns, poucos empresários que os tempos não estão para mais, liderada por Indiana Zé, destino terras de Vera Cruz, com incursões previstas e não previstas por outros territórios, nada o pode desviar da sua missão.

    A aventura prometia, logo à chegada o nosso Indiana num golpe de mestre consegue iludir toda a comitiva e respectiva segurança, lançando-se como é seu hábito pelos mais recônditos sítios, sem mapa, mas com um objectivo bem preciso em mente, conseguir trazer para o seu povo a arca sagrada que o tornará imbatível na resolução dos problemas da economia.

    Logo na primeira esquina vê-se confrontado com três especuladores e dois membros poderosíssimos de outras tantas conceituadas agencias de rating, mas sem se deixar desfeitear saca do seu chicote e logo os especuladores metem o rabinho entre as pernas, quanto aos raters a receita aplicada teve que ser mais forte, um florete quinhentista desembainhado, três estocadas e assunto arrumado, bravo.

    A arca, cheiro dela nem vê-lo, não desiste à primeira, nem à segunda, nem à terceira e já perto do palácio presidencial, local onde supostamente estaria a próxima pista vê-se acometido por um conjunto de bandalhos a soldo da oposição, coisa pouca, para quem manuseia com mestria um par de katanas do período xing, minutos depois todos por terra e lá descobre atrás dum vaso ameríndio a tal pista, o mapa que faltava.

    Num repente aproveita para deixar sobre a secretária presidencial uma proposta para fornecimento de sete mil magalhães de quarta geração, oito mil torres eólicas de alto rendimento, dois estádios de futebol para 2014 e ainda um estádio olímpico para 2016, tudo na esperança de poder assim relançar a economia e enxotar de vez a crise que nos assola.

    Consulta rápida ao mapa que aponta 4.500 km direcção NO, cidade de Caracas aí vou eu, embarca novamente no aeroporto do Galeão com o destino traçado, à sua espera desta feita apenas gente amiga, não há armadilhas nem truques, pois entretanto a sua fama já alastrara a todo o continente.

    É muito bem recebido pelo chefe local, que promete pagar o quanto antes a última entrega de magalhães e deu uma ajuda preciosa a decifrar o mapa, pois a arca mais não era que a representação simbólica do poço de petróleo cuja exploração conjunta havia sido assinada ia para dois anos ainda sem proveitos, mas desta vez ficou a promessa firme de que finalmente iríamos poder começar a usufruir do ouro negro perdido.

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  23. Os pregadores da falsa moral

    O mundo dos homens assistiu, ao longo da vida, a discursos de muitos pregadores. O pregador, com a sua pregação, pretende divulgar um determinado ideal de vida, fazendo discursos de mudança, com mensagens que podem ir desde a religião, à moral, passando pela política partidária.

    Por:Rui Rangel, Juiz Desembargador

    Desde Moisés a Jesus Cristo, passando por César, até Mussolini e Hitler, o mundo sempre se deixou galvanizar por estes discursos. Mas há bons e maus pregadores. O bom pregador, não o vendedor da ‘banha da cobra’, nem o ‘fazedor de consciências’, para fins ilícitos ou contra a humanidade, está, em princípio, de boa fé e genuinamente interessado em mudar as coisas para melhor. Ajudando a que todos fiquem bem e preocupado com o mal-estar das pessoas. O mau pregador, aquele que está de barriga cheia e que vive por conta do erário público, exercendo cargos cuja habilitação exigida é a confiança política, só pensa nos seus interesses e na rede de influências em que se move.
    Confesso que não gosto de pessoalizar as questões. O que me dá gozo é discutir ideias, projectos e princípios. Mas desta vez não resisto à tentação de transpor a barreira que impus a mim mesmo. E faço-o com a consciência da transgressão.
    O que pesam os pregadores que se seguem aos bolsos dos portugueses:
    Faria de Oliveira: CGD, 371 000 euros; Vítor Constâncio: Banco de Portugal, 249 448 euros; Carlos Tavares: CMVM, 245 552 euros; Guilherme Costa: RTP, 250 040 euros; Fernando Pinto: TAP, 420 000 euros; Henrique Granadeiro: PT, 365 000 euros; Cardoso dos Reis: CP, 69 110 euros; Luís Pardal: Refer, 66 536 euros; José Manuel Rodrigues: Carris, 58 875 euros. A estes valores acresce carro com motorista, cartão de crédito, telefone, ajudas de custo, subsídios de representação e de compensação, participação na distribuição dos lucros e uma reforma milionária por tempo curto de serviço.
    Os valores morais da pregação, para que possam ter autoridade, precisam de exemplos que venham de cima. Como podem alguns destes pregadores pedir aos portugueses mais sacrifícios e afirmar que precisam de mudar de vidinha? Como podem pedir ao Governo que faça contenção nos salários das pessoas que mal têm dinheiro para comer e sustentar os filhos e que têm perdido, de forma grave, poder de compra. Existe na boa pregação uma integridade moral e uma fortaleza inexpugnável que deve ser mantida. A alguns destes pregadores do regime, com uma pregação chocante, falta-lhes autoridade moral para pedir sacrifícios aos outros.

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  24. “Metafísica”

    Está a decorrer lá pelos Brasis o III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, mais uma daquelas iniciativas de carácter duvidoso que povoam a nossa actual existência e nos deixam às voltas tentando perceber quem somos, de onde vimos, para onde vamos, questões metafísicas às quais o homem não consegue fugir, por muito rápido que corra.

    Numa definição de civilização que recolhi às pressas obtive que é o estágio da cultura social e da civilidade de um agrupamento humano caracterizado pelo progresso social, científico, político, económico e artístico. O vocábulo deriva do latim civita que designava cidade e civile (civil) o seu habitante.

    Dá que pensar, civilidade, respeito pelas normas de convívio entre todos nós é cada vez mais letra morta, pois à velocidade com que passamos uns pelos outros sem nos darmos conta, leva a que o convívio seja apenas institucional, o necessário, muitas vezes o imposto e por isso na maior parte das vezes resulta no frete da civilidade.

    Estágio da cultura social e seu progresso, já viu e viveu melhores dias na nossa civilização, mas actualmente em que tudo é economia, já se deram conta disso, o social não é rentável, logo não encaixa no sistema actual, o que é rentável é o anti-social, é colocar o ancestral no asilo, que por acaso já não se designa assim, mas “golden age residence”, para poder render em consonância.

    Progresso científico é o da pílula da felicidade, que promete prazer sem fim, em embalagens de cinquenta unidades, já as outras pílulas as comparticipadas, querem-se cada vez mais genéricas, mais em unidose e com uma comparticipação cada vez menor pois o estado da economia assim o recomenda.

    Progresso político é aquilo que se vê, é enorme, todos querem agarrá-lo, pois é a melhor forma de progredir na nossa civilização se não se for bilionário, ou especulador, já a arte está a dar imenso a julgar pelo número de Picassos e Renoirs roubados de museus e colecções famosas, nestes últimos tempos.

    Quanto á economia ouvimos todos os dias as notícias do seu percurso errante ora para cima ora para baixo, é tal qual um interruptor, por isso meus amigos divirtam-se muito por aí em mais esse fórum, mas não se esqueçam de nós e publiquem no final o relatório das conclusões relevantes para a nossa civilização, enquanto não fico-me pela análise do Pessoa, “há metafísica bastante em não pensar em nada”.

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  25. “Feriado Ibérico”

    Acontecimento improvável, não o do feriado, mas o facto de o nosso pais possuir neste momento o melhor jogador e o melhor treinador do mundo, já pensaram bem num país desta dimensão, a probabilidades de tal acontecimento é talvez a mesma de que a mim me possa sair o euromilhões.

    O melhor então é ir pondo as barbas de molho, pois se isto aconteceu ao nosso país deve querer dizer que o euromilhões vem a caminho, mas acontecimento igualmente improvável era o de estes dois craques planetários se juntarem num mesmo clube e logo aqui ao lado na capital Madrid, mas não é que aconteceu, já me cheira a euromilhões.

    Euromilhões senão para mim, pelo menos para eles dois, mas se pensarmos bem a probabilidade de tudo isto se conjugar nos dois países que no passado dividiram entre eles o nosso mundo, ou pelo menos o mundo conhecido à época, bem menos provável seria, mas o que é facto é que aconteceu mesmo.

    Tanta improbabilidade junta a acontecer só pode ser o prenúncio de que algo está mesmo a mudar neste nosso mundo e se todas estas mudanças aconteceram nesta última semana, isto só vem contrariar todos aqueles que recentemente afirmaram não poder o mundo mudar em três semanas, não era provável no passado, mas o passado foi lá atrás.

    Pelo contrário é antes de mais uma prova de que o mundo está a mudar e muda cada vez mais rapidamente, pois de três passámos a uma semana e não é mais improvável que a mudança possa começar a surgir a cada dia, a cada hora, a cada minuto, é pois bom que nos habituemos a este ritmo de mudança se queremos atravessar a ponte para o futuro próximo, mais próximo que aquilo que alguma vez pensámos, há que pensar cada vez mais rápido.

    Por isso já esta segunda-feira, dia da apresentação do novo treinador em Madrid, devia ser consagrada como o primeiro feriado ibérico, de muitos que se hão-de seguir, improvável dirão, não creio, e era bom que se começasse desde já a escrever o manual com a nova teoria das probabilidades, pois está visto que a velha teoria já não serve.

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  26. “Cuidar da dentadura”

    O auto-proclamado “O Melhor Partido”, fundado pelo comediante islandês Jon Gnarr, venceu com 34,7% dos votos as eleições autárquicas de Reykjavik, capital da ilha, ficando à frente do institucional Partido da Independência, conquistou o eleitorado com propostas como a construção de uma Disneylândia na ilha, a compra de um urso polar para o zoo de Reykjavik e a distribuição gratuita de toalhas, “Vamos prometer o dobro dos outros partidos e cumprir o mesmo: nada!”, declarou Gnarr durante a campanha.

    Por cá bastava que o Ricardo Araújo Pereira formasse o partido da higiene oral e oferecesse uma pasta medicinal couto, aquela que assim ficou conhecida embora já não seja medicinal, seria o bastante para ganhar também as eleições, só que entretanto coisas muito mais interessantes se têm estado a passar, a ministra do trabalho acaba de afirmar “que necessitamos de consertação em vez de contestação”, merece a nossa atenção.

    Merece a nossa e já fez eco desde os ministérios, passando pelo parlamento nacional e chegando até ao parlamento europeu, pois todos eles se estão já a consertar, os orçamentos ministeriais já foram incrementados entre 14 e 22 %, enquanto isso no nosso parlamento as despesas para viagens e de representação também já foram consertadas a contento de todos, por fim no parlamento europeu parece que cada um vai ter uma boa maquia extra e poderá duplicar o número de assistentes, avariados é que eles não podiam ficar, consertam-se logo a valer, é o expoente máximo da consertação.

    Enquanto isso e lá por fora o nosso primeiríssimo conseguiu contratos milionários com nuestros hermanos da Venezuela, essa dinheirama toda a juntar àquela que irá conseguir juntar por cá, após nos ter convencido a todos a pagar mais 1% no IVA e entre 1% e 1,5 % no IRS, vão seguramente ser suficientes para conseguirmos fintar a crise e poder prosseguir com o nível de investimento público desde sempre prometido, pelo menos assim pensam os nossos responsáveis.

    Pensam eles mas não pensamos nós, e se na Islândia imperou o sentido e humor, por cá deverá imperar um misto de humor e pragmatismo, daí que o partido da higiene oral deva mesmo avançar e oferecer-nos a prometida pasta medicinal, pois nesta altura será mesmo necessário cuidar muito bem da dentadura, pois eu tenho cá a ligeira impressão que isto tudo ainda irá terminar à dentada.

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