Do mal o menos. Esta é uma daquelas expressões populares que já todos ouvimos muitas vezes; infelizmente, muitas vezes, associada à política.
Na prática, significa que as duas maiores forças políticas são más, ainda assim, como só uma delas pode ganhar há que escolher a que é menos má. A escolha, já se vê, é sempre negativa.
Este tipo de raciocínio produz governações como se têm visto... Depois do menos mau... vem o novo menos mau... a que segue o revigorado velho menos mau. De novo, sempre os mesmos a fazer as maldades que já sabemos.
Produz, enfim, aquilo a que se chamou a bipolarização ou a alternância. E, imaginem, há quem fale da alternância democrática... e se prepare, naturalmente, para regressar ao poder!
Ora, o Bloco desafia @s Cidad@s para uma outra escolha. À alternância contrapomos a Alternativa. Não estamos condenados à escolha entre os que nos baixam os salários e os que nos aumentam os preços do super-mercado; é possível uma sociedade mais justa! Isso passa por outros políticos e por uma outra política. Essa Alternativa é o desafio do Bloco.
Na prática, significa que as duas maiores forças políticas são más, ainda assim, como só uma delas pode ganhar há que escolher a que é menos má. A escolha, já se vê, é sempre negativa.
Este tipo de raciocínio produz governações como se têm visto... Depois do menos mau... vem o novo menos mau... a que segue o revigorado velho menos mau. De novo, sempre os mesmos a fazer as maldades que já sabemos.
Produz, enfim, aquilo a que se chamou a bipolarização ou a alternância. E, imaginem, há quem fale da alternância democrática... e se prepare, naturalmente, para regressar ao poder!
Ora, o Bloco desafia @s Cidad@s para uma outra escolha. À alternância contrapomos a Alternativa. Não estamos condenados à escolha entre os que nos baixam os salários e os que nos aumentam os preços do super-mercado; é possível uma sociedade mais justa! Isso passa por outros políticos e por uma outra política. Essa Alternativa é o desafio do Bloco.
Alternativa existe. Pense Be!m
ResponderEliminarO blog à esquerda fez ontem 2 meses
ResponderEliminarParabéns a Vocês
Paredes e a entrevista:
ResponderEliminarEnvolver empresarios, Quais:
Os pequenos e medios (PME) ou grandes empresas, porque nos seminarios da Pimel, so vi grandes PIN presentes, como por exemplo ESPIRITO SANTO da HERDADE DA COMPORTA.
Depois a estrategia e o desenvolvimento do concelho (dito por ele) passa pelo pequeno empresario, do artesanato, e outras pequenas actividades, que podem ir procurar a mão obra na nova escola que vai ter cursos tecnicos/profissionais (vamos a ver se não vai criar mão obra escrava, para sair mais barata aos PINS da Herdade da comporta),enfim agora em altura de eleições lembrou-se das PME, mas no SEU DIA A DIA SO ATENDE GRANDES EMPRESARIOS.
Concerteza que não dá resposta aos grandes como deu a um pequeno empresario que lhe solicitou intervenção: OLHE VOÇÊ NÃO TÊM DINHEIRO PARA PAGAR A UM ADVOGADO, PACIÊNCIA PERDE, GANHA QUEM PODE...enfim aqui está o protector das PME.
Alcácer tem de mudar!
ResponderEliminarOs destinos de Alcácer foram conduzidos por duas forças políticas no período pós 25 de Abril, com obra feita certamente, mas muito mais poderia e deveria ter sido concretizado, dispensado-me eu de aqui nomear um conjunto de obras e melhoramentos nesta categoria e sobejamente conhecidos de todos.
Vejo que nos últimos 8 a 10 anos o Concelho pouco evoluiu e o que mais se tem feito é apresentar alguns projectos que na maior parte das vezes nunca chegam a ser concretizados e depois verificamos que na proximidade de eleições se vem sistemáticamente acenar com os mesmos, servindo assim de bandeiras para tentar conquistar votos.
Importa pois reflectir se de entre as forças com cariz lutador e ganhador que se perfilam para mais esta batalha autarquica não existe nenhuma alternativa ao que tem sido o nosso passado recente aqui em Alcácer.
Para mim a alternativa existe e eu acredito sinceramente que a energia alternativa que se perfila e que em crescendo se vem afirmando quer a nível nacional quer local tem condições para levar de vencida esta batalha e para realizar um bom trabalho à frente do destino de todos nós Alcacerenses.
Que todos reflictam como eu já reflecti e que o somatório de todas as vontades individuais resulte numa vontade de eleger quem melhor possa contibuir para a mudança que todos nós estamos a necessitar.
Alcácer tem de mudar!
Democracia quer simplesmente dizer o desencanto do povo, pelo povo, para o povo.
ResponderEliminarAutor: Wilde , Oscar
Mas não terá que ser forçosamente assim se o povo escolher a alternativa.
Dezenas de candidatos às próximas eleições autárquicas mudaram de cor política depois de terem sido fiéis durante anos a um partido.
ResponderEliminar29 de Agosto de 2009, 09:16 na integra em http://noticias.sapo.pt/local/especial/autarquicas/noticias/artigo/l10008600.html
Mude você também de côr política enquanto cidadão eleitor, não seja monocromático.
Então esqueceram de falar da vinda secreta do Socrates e da SINISTRA da educação a Alcácer na semana passada?
ResponderEliminarParece que ,um bocado ou totalmente às escondidas os gajos do governo que têm andado a pavonear o rabo pelo Alentejo em campanha antecipada,estiveram em Alcácer sem que ninguém tivesse sabido nada! Afinal de que têm medo estes governantes da treta? Será que estavam com medo de serem vaiados depois destas tricas pelo poder entre o Massano e o Paredes?
O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isto contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses.
ResponderEliminarAutor: Saramago , José
Fonte: Diário de Notícias
Data: 20090811
Somos pertença de uma casta que se alterna no poder e nos asfixia com decisões erradas e sem nenhuma preocupação pelo nosso futuro.
ResponderEliminarAutor: Baptista-Bastos
Fonte: Diário de Notícias
Data: 20090805
Homens da Luta "E o povo, Pá?"
ResponderEliminarÉ ouvir e fartar em
http://www.youtube.com:80/watch?v=pZonZntFU7Y
Sem eira nem beira, quem, onde, quando ?
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=LKLjg1Lb03Y
PARA O MELHOR E PARA O PIOR.
ResponderEliminarEnquanto em outras localidades vêem-se cartazes com os cabeças de lista dos partidos concorrentes aos orgãos autárquicos, ao que assistimos em Alcácer?... a campanha está a ser feita em Blogs onde os intervenientes, sob a capa do anonimato, com nomes fictícios ou ainda utilizando, abusivamente, nomes de pessoas conhecidas, descarregam as suas raivas e ódios sobre os candidatos ou sobre qualquer cidadão comum, assistindo-se ao devassar de vidas privadas , na maior parte das vezes, com mentiras e calúnias. As pessoas já desconfiam do vizinho, já desconfiam do colega de trabalho, das conversas de café,é comum receber-se mensagens e telefonemas de pessoas conhecidas a perguntarem se fomes nós que fizemos determinado comentário no Blog, ISTO É PIDESCO, ISTO É UMA VERGONHA!
Um meio de divulgação que, bem utilizado e apesar de não chegar à maior parte da população, poderia ser eficaz sobretudo junto das camadas mais jovens, poder-se-ia promover o debate, denuncias construtivas, mas onde imperasse o SENTIDO DE ÉTICA, não,são em alguns casos, e esses infelizmente são os mais lidos e participados, autênticos pasquins.
A população, em geral, não conhece as listas dos candidatos concorrentes, sabem os nomes dos cabeças de lista porque alguém lhes disse por ter lido no Blog.
VENHAM PARA A RUA,olhos nos olhos com a população. Já se esqueceram daquele meio de divulgação que se chama " Comunicado à População" e que poderá ser distribuido em suporte de papel? Já se esqueceram dos cartazes e das faixas de propaganda política?
BASTA! QUE HAJA BOM SENSO
O Que Foi Não Volta A Ser
ResponderEliminarEu trago um buraco no futuro
traz presentes fugidios
e memorias de navios
Traz tanta confiança
que se é sempre criança
mesmo quando nao se quer
o que foi nao volta a ser
e o que foi nao volta a ser
mesmo que muito se queira
e querer muito é poder
e o que foi nao volta a ser
Pode vir algo melhor
embora sempre pareça
que o pior esta por vir
Nunca se deve esquecer
que nao há volta sem partir
e o que foi nao volta ser
E o que foi nao volta ser
mesmo que muito se queira
e querer muito é poder
e o que foi nao volta a ser
Compositor(es): Xutos & Pontapés
monte dos papéis
ResponderEliminarum blog com espírito
http://mpapeis.blogspot.com/
Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.
ResponderEliminarAutor: Gandhi , Mohandas
Se apenas houvesse uma única verdade, não poderiam pintar-se cem telas sobre o mesmo tema.
ResponderEliminarAutor: Picasso , Pablo
As pessoas inventam as coisas e convencem-se de que estão certas, quase nunca, daí a necessidade de reinventar.
ResponderEliminarAutor: eu, próprio
Por isso Picasso dizia que para cada cenário existem pelo menos cem verdades.
Eu não sou Bloquista, sou Anista.
ResponderEliminarViva a Ana !
Be!5500.
ResponderEliminarBe!na Net, Be!na Rua.
Estivemos lá e suei,
ResponderEliminarestava abrasador, e suei,
Barrancão, Sta's Susana e Catarina,
estava abrasador, e suei,
Ainda vem longe o fresco da noite,
estava abrasador, e suei.
Eu que como independente que sempre fui e tenciono continuar a ser e que no quadrante da esquerda já em tempos fui candidato por um partido e já votei em todos os três, sei bem que o que me move a cada momento não são esses mesmos partidos, mas sim as pessoas e os projectos que são apresentados a sufrágio e penso que é por aí o caminho, ou seja que o que realmente importa são as pessoas, as suas ideias e por maioria de razão também os seus ideais e os projectos que apresentam, sendo que os partidos são, ou devem ser, meros instrumentos para atingir os fins propostos a cada instante.
ResponderEliminarNão sei se quem leu o "Expresso" deste fim de semana, reparou nas 4 páginas centrais e nos seus títulos que versavam sobre o quase esvaziamento da democracia dos partidos, e da democracia emergente, do eu e das novas tecnologias, que as actuais gerações já estão a utilizar e que é o futuro já ao virar da esquina.
Eu que não sou muito novo nem muito velho mas sempre vi os partidos - ou o que quer que se lhes chame - como já disse e reafirmo, como meros instrumentos e sempre dei o devido valor às pessoas e aos projectos, sejam eles individuais ou colectivos e estou plenamente convicto que o caminho já hoje tem que ser este, sob pena do esvaziamento da tal democracia dos partidos conduzir definitivamente e a breve prazo à sua "morte".
Penso que devemos reflectir sobre se é este "show" vazio que não conduz a lado nenhum que queremos continuar a alimentar, ou se é a transparência, o carácter, a honestidade, as ideias, os ideais, os projectos e tudo o mais que nos apresentam os sufragados que nos moverá.
Enfim é necessário reflectir e muito seriamente se o que nos move é a forma ou a substância e pensar que o que está em causa em todo este processo, é não só o nosso futuro mas também o das gerações que se nos seguirão e também o futuro desta democracia de partidos que pelo andar das coisas rapidamente apodrecerá.
A Internacional
ResponderEliminarDe pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!
Refrão
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Duma Terra sem amos }bis
A Internacional.
Messias, Deus, chefes supremos,
Nada esperemos de nenhum!
Sejamos nós quem conquistemos
A Terra-Mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos,
Tudo o que a nós diz respeito!
Alguém aqui lê o expresso? Nomeadamente um jornal da região de Setúbal o SEM MAIS? Isto porquê, porque Pedro Paredes deu uma entrevista a esse jornal nesta semana, e onde lhe perguntam:
ResponderEliminar"Depois de um primeiro mandato à
frente da Câmara de Alcácer do
Sal, o que o leva a estar disponível para um recandidatura?"
Pedro Paredes responde:
"Na verdade, não estava muito disponível. Tenho a minha profissão, e isto é muito desgastante, passa-se muitas horas a servir o concelho e, ao fim de quatro anos, penso “e se eu for tranquilamente para o meu gabinete
de arquitectura?”. Mas o que acontece é que senti algum carinho da parte da população, não só da cidade de Alcácer, como do concelho e até de fora. Senti alguma motivação no sentido
de que “você faz falta, está a
fazer um bom trabalho, deve manter
a sua equipa”. Perante isso, não se
pode virar as costas. Até porque,
durante quatro anos, planeia-se e,
nos quatro anos seguintes, começa-
se a ver os frutos.
REPAREM NAS SEGUINTES EXPRESSÕES:
"...o fim de quatro anos, penso “e se eu for tranquilamente para o meu gabinete de arquitectura?”."
Já lá devia estar há muito. MELHOR, nem deveria ter saído de lá.
"senti algum carinho da parte da população, não só da cidade de Alcácer, como do concelho e até de fora."
Mas carinho de quem? Não vejo ninguém motivada, para que o PS continue? (há excepção dos apoiantes PS)
30 de Agosto de 2009 20:52
transcrição de comentário do blog
http://salaciaurbsimperatoria.blogspot.com/
Obrigado Carlos Cordeiro, o teu pensamento é também o meu pensamento :
ResponderEliminar"Dirijo-me a todas as pessoas de bom senso, aquelas que estão cansadas dos fala-barato que se agarraram ao "poder" e acham que a intervenção de cidadania é sua propriedade. Decidi envolver-me na cruzada do Bloco de Esquerda, porque está na hora da mudança. Temos de mostrar que é possivel o que outros nos têm feito crêr que é impossivel. Não procuro "tacho" ou beneficios em proveito próprio, disso serve o exemplo da minha passagem pelo GATEC ( G. de Teatro da Comporta ) do qual fui um dos fundadores. Este sim é um comentário meu e não me refugio no anonimato. Força malta do Bloco !"
transcrição de comentário do blog
http://komporta.blogspot.com/
Desculpa lá o meu anonimato, pelo memos aqui na net, mas por enquanto ainda assim tem que ser.
Obrigado Pedro.
ResponderEliminarObrigado pela ajuda,pela força,pelo apoio e pelo tempo do teu fim- de- samana. Obrigado, principalmente por acreditares que existe uma verdadeira possibilidade de mudança!
Acredito de alma e coração se não tinha estado convosco, mas acredito sobretuto, como já tenho dito e escrito, nas pessoas, nas suas ideias e nos seus projectos.
ResponderEliminarAlcácer merece um novo projecto, assim saibamos nós acarinhá-lo da forma que ele merece.
Ao amigo JM:
ResponderEliminarPelo que entendi diz haver falta de divulgação, então aconselho o amigo a visitar o blogue COMPORTA-OPINA, è que talvez fique um pouco mais esclarecido.
...e da fome ,da miséria,do frio,do trabalho de Sol a Sol? Dos candeiros a petróleo e dos fogões, da falta de àgua canalizada,da pia atrás da porta de entrada? Dos miúdos, das MUITAS famílias pobres, deitados atravessados nas camas com exergões de palha de milho, muitas vezes húmidos dos descuidos dos mais novos? Dos pés descalços das crianças, tratadas como adultos em miniatura, das tareias de cinto nas mulheres e nos filhos ,dadas pelo"chefe" de família(esta designação sempre me horrorizou)? Da descriminação na igreja,"senhores" à frente pobres atrás? Da escola com filas de "espertos" e de "Burros",das réguas enormes a desferir golpes de bestialidade em cianças com mãos geladas pelo "caramelo" do inverno e cheias de frieiras? Das refeições em que negavas a ti próprio a fome, do tamanho do mundo que sonhavas mudar, quando vias que o jantar era pouco para todos? Dos mendigos que dormiam nos àtrios das igrejas e que pediam ao domingo antes e depois da missa e um pouco por todo o lado? Das histórias macabras,de faca e alguidar, lidas ou ditas de cor de porta em porta? Do leite e da farinha do "padre", do queijo amarelado com cheiro a ranço,da "manteiga" que mais não era que uma mistura nauseabunda de banha,do bicho do feijão que por vezes boiavam na sopa? Dos rios de àgua que corriam no inverno do chafariz ao antunes da regeira,onde chapinhavas com os pés dormentes de frio,dos abrolhos espetados nos calcanhares quando te aventuravas no campo? Dos "sonhos" com os sapatos pretos de verniz, reluzentes na montra da loja? Do chá de lúcia-lima (docelima)feito nos brinquedos de barro comprados na Feira Nova de Outubro? E de uma "raiva a crescer-te nos dentes" quando inocentemente perguntavas a tua: ó mãe ,os ricos também cagam? E da FORÇA que deves tirar de tudo isto, para que não volte a acontecer neste País que nos calhou em sorte?
ResponderEliminarBE,que me desculpe,este texto foi enviado para o Salácia a lembrar a vida no Concelho de Alcácer.
ResponderEliminarHora ( Sophia de Mello Breyner )
ResponderEliminarSinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos.
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.
---//---
É de facto chegada a hora! Obrigado Sophia.
Falo de Ti às Pedras das Estradas
ResponderEliminarFalo de ti às pedras das estradas,
E ao sol que é louro como o teu olhar,
Falo ao rio, que desdobra a faiscar,
Vestidos de princesas e de fadas;
Falo às gaivotas de asas desdobradas,
Lembrando lenços brancos a acenar,
E aos mastros que apunhalam o luar
Na solidão das noites consteladas;
Digo os anseios, os sonhos, os desejos
Donde a tua alma, tonta de vitória,
Levanta ao céu a torre dos meus beijos!
E os meus gritos de amor, cruzando o espaço,
Sobre os brocados fúlgidos da glória,
São astros que me tombam do regaço!
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
Não Me Sinto Mudar
ResponderEliminarNão me sinto mudar. Ontem eu era o mesmo.
O tempo passa lento sobre os meus entusiasmos
cada dia mais raros são os meus cepticismos,
nunca fui vítima sequer de um pequeno orgasmo
mental que derrubasse a canção dos meus dias
que rompesse as minhas dúvidas que apagasse o meu nome.
Não mudei. É um pouco mais de melancolia,
um pouco de tédio que me deram os homens.
Não mudei. Não mudo. O meu pai está muito velho.
As roseiras florescem, as mulheres partem
cada dia há mais meninas para cada conselho
para cada cansaço para cada bondade.
Por isso continuo o mesmo. Nas sepulturas antigas
os vermes raivosos desfazem a dor,
todos os homens pedem de mais para amanhã
eu não peço nada nem um pouco de mundo.
Mas num dia amargo, num dia distante
sentirei a raiva de não estender as mãos
de não erguer as asas da renovação.
Será talvez um pouco mais de melancolia
mas na certeza da crise tardia
farei uma primavera para o meu coração.
Pablo Neruda, in 'Cadernos de Temuco'
Tradução de Albano Martins
Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades
ResponderEliminarMudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Que força é essa
ResponderEliminarque força é essa
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Venho por este meio felicitar o Bloco de esquerda de Alcácer do Sal em especial a professora Ana Penas. Nestas autarquicas volto a votar BE, porque são alternativa, façam o mesmo.
ResponderEliminarSe me é permitido gostava de vos fazer uma pergunta, se não responderem percebo perfeitamente.
Durante alguns anos toquei na Pazôa e fiquei revoltado quando o executivo Paredes assim que tomou posse ter retirado os apoios ás bandas, teatro do rio, rancho e radio local, situação que causou mutos transtornos nas assosciações.
O que gostava de saber é se o BE ganhar o que vai fazer? Vai apoiar as bandas, radio, rancho e teatro do Rio?
Espero que não me levem a mal, por ter feito esta pergunta.
Votem BE
Ricardo Duarte
Be!6000.
ResponderEliminarBe!na Net, Be!na Rua.
Paixão, paixão não vais fugir de mim
ResponderEliminarSerás o Be! até ao fim
Caro Ricardo,
ResponderEliminaro nosso programa eleitoral está feito e obviamente que vamos apoiar todas aas associações do Concelho,tanto as seculares colectividades de Alcácer e Torrão como as associações mais recentes e outras que possam vir a surgir.
Temos ideias e vontade de mudar as coisas no Concelho, temos conhecimento sobre os problemas que nos afectam e temos consciência que não será um mar de rosas. Sabemos que as soluções passam necessarimente pela participação de todos os que aqui vivem ou querem viver. Queremos um Concelho solidário, sem excluídos,perseguições,corrupções,discriminações, ofensas,invejas e ódios.Um Concelho que se orgulhe de algum passado e principalmente esperançado com o futuro. A concretização destes sonhos, depende de ti e de todos os que ainda são capazes de sonhar um amanhã melhor para Alcácer.
É Preciso Acreditar
ResponderEliminarÉ preciso acreditar!
É preciso acreditar
que o sorriso de quem passa
é um bem p’ra se guardar;
que é luar ou sol de graça
que nos vem alumiar,
com amor alumiar.
É preciso acreditar!
É preciso acreditar
que a canção de quem trabalha
é um bem p’ra se guardar;
que não há nada que valha
a vontade de cantar,
a qualquer hora cantar.
É preciso acreditar!
É preciso acreditar
que uma vela ao longe solta
é um bem p’ra se guardar;
que, se um barco parte ou volta,
passará no alto mar
e que é livre o alto mar.
É preciso acreditar!
É preciso acreditar
que esta chuva que nos molha
é um bem p’ra se guardar;
que sempre há terra que colha
um ribeiro a despertar
para um pão por despertar.
Poema: Leonel Neves
Música e voz: Luiz Goes
Escutar em:
http://www.youtube.com/watch?v=035FUgVlnyY
«Trova do Vento que Passa»
ResponderEliminarPergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Manuel Alegre
Escutar em:
http://www.youtube.com/watch?v=xyN1A2IOtbA&NR=1
Pedra Filosofal
ResponderEliminarEscutar em:
http://www.youtube.com/watch?v=iqUI5NyDJmQ&feature=related
Muito obrigado por terem respondido. Por isto e pegando nas vossas palavras, vale a pena votar BE "Queremos um Concelho solidário, sem excluídos,perseguições,corrupções,discriminações, ofensas,invejas e ódios.Um Concelho que se orgulhe de algum passado e principalmente esperançado com o futuro".
ResponderEliminarBem Hajam
Ricardo Duarte
Caros amigos ,
ResponderEliminarMuitos dirão, que os poemas e frases aqui publicadas são em demasia! Serão?! Nós achamos que não. Se atentarem bem no conteúdo da sua mensagem, encontram em quase todos alguma pertinência perfeitamente enquadrável no actual estado do País e especialmente do Concelho. Sabemos que não é fácil, nos tempos que correm, encontrar tempo para escrever sobre os assuntos que nos interessam.Por isso entendemos e aceitamos com agrado que algumas reflexões sobre o actual estado da coisa política seja feita a partir daquilo que outros escreveram.
Obrigado a todos os que participam. Continuem.
Anda tudo do avesso
ResponderEliminarNesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou-bem
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar...
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E que me anda a comer
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar
O povo que acreditou
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão
Chutos e Pontapés
Desculpem, não é Chutos mas Xutos.
ResponderEliminar