Se não estivesse escrito nas atas
de vereação da Câmara podia-se sempre dizer que é uma anedota e os envolvidos
podiam até negar os acontecimentos. Mas está escrito.
O caso foi o seguinte. O
executivo PS inclui na listagem de bolsas de estudo a atribuir pelo município
uma estudante, de nome Ana Canhoto, cujos rendimentos ultrapassavam os limites
permitidos pelo regulamento das bolsas de estudo.
O Vereador Manuel Vitor da CDU
chamou a atenção dizendo “não há nada do
ponto de vista legal que sustente esta atribuição de subsídio”, não há
suporte legal para a atribuição da bolsa! Mas admitiu ponderar a situação desde
que fossem também contemplados os quatro candidatos a bolsas que tinham ficado
excluídos.
A Vereadora Isabel Vicente do PS
confirmou que o caso de Ana canhoto “não
tinha enquadramento” e assumiu que se tratava de “uma decisão política” – agora chamam-lhe assim.
Como CDU e PS não chegaram a
acordo, a estudante Ana Canhoto, foi retirada da listagem dos contemplados com
Bolsas de Estudo… e o executivo PS atribui-lhe um subsídio em lugar da bolsa.
Para os amigos há sempre solução.
É sempre possível esticar a lei, contornar a lei, esquecer a lei. Isso não
interessa nada.
É contra isso que o Bloco de
Esquerda luta. E desse combate nunca abdicaremos. A Lei tem que ser para todos
e igual para todos. E muito menos pode ter em conta os amigos, os conhecidos ou
outros interessados...
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