A última Assembleia Municipal [26 de Julho] teve como ponto único a “Análise e votação de uma Proposta da Câmara Municipal para aprovação do Plano de Pormenor dos Brejos da Carregueira”. Posto assim, parece uma mera questão administrativa. Mas não.
Até agora os terrenos dos Brejos da Carregueira eram parte da Reserva Ecológica Nacional – espaço de protecção ambiental onde não se pode construir. Com este Plano de Pormenor, os 52 hectares dos Brejos foram retirados da Reserva Ecológica Nacional para permitir a legalização das habitações de luxo que todos nós conhecemos nos Brejos. Por exemplo, casas com esta que se aluga a 150 euros por dia ou esta esta a 350 euros por dia!
O projecto foi aprovado com os votos favoráveis do PCP e PS. O Bloco de Esquerda votou contra!
Quem conhece o processo não ficou surpreso com o resultado da votação. Os Vereadores do PCP na reunião de vereação já tinham votado favoravelmente este Plano. Aliás, no que à Herdade da Comporta diz respeito o PCP aprova tudo, tal como o PS. Até a vedação dos caminhos públicos!
Ainda assim, não deixaram de ser surpreendentes as declarações de alguns deputados do PCP para atacar a posição do BE! A deputada Nédia Cabecinha depois de elogiar o trabalho desenvolvido pela Herdade da Comporta, acusou o deputado do BE de ser radical, porque, como disse a própria “Não somos nós que vamos transformar todos em santos. Eu já me moderei um bocadinho mais. Em relação ao direito de propriedade não podemos fazer nada”. O deputado Balona foi ainda mais longe ao lembrar que, da parte do PCP, “isso da Luta de Classes é só durante a campanha eleitoral”, é só propaganda. É caso para dizer, assim se vê a qualidade do Pcê!
O Bloco de Esquerda não abdica da defesa de uma sociedade mais justa. Onde os ricos não sejam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. E não pactuamos com um sistema em que a política esteja ao serviço dos Espíritos endinheirados! Somo uma Esquerda de Confiança!
Ficaria muito surpreendido (e preocupado) se acontecesse o contrário.
ResponderEliminarÉ bom sinal, porque ambas as máscaras (PS e PCP/CDU) vão continuando a desfazer-se.
Péssimo augúrio, porque um e outro continuam a enganar milhares de trabalhadores que, após mais de 40 anos no caso do PCP, e 30 e poucos no caso do PS, mantêm a ilusão de que estes são o(s) "SEU(S)" partido(s).
O PS - é sabido - meteu o socialismo na gaveta há umas décadas.
O PCP desde 1949 (!) - ao contrário do que pensa muito boa gente - meteu a "luta de classes" num saco e partiu para o ideário da "revolução democrática e nacional", à boleia de uma certa burguesia bem instalada que, do regime fascista de Salazar, contestava no essencial a sua exclusão do poder político e económico açambarcado pelo estado.
O PS - é sabido - sempre se moveu entre interesses pantanosos que vão da social-democracia alemã à "mafiopsocopatia" americana bem representada pelo ex-embaixador dos EUA e ex-chefe da CIA Frank Carlucci.
O PCP - ao contrário do que muito boa gente pensa - procura forçar a distinção entre "bons" capitalistas e "maus" capitalistas (apesar de - reconheço - uma ou outra alma do próprio BE se sentir tentado a isso...).
Significa tudo isto que ambos pretendem há muito branquear precisamente a raíz do problema: o CAPITALISMO. E que as posições assumidas são apenas a expressão local, apesar de pouco inteligente, do que atrás foi dito.
Insisto: não me surpreenderam as intervenções nem da Nédia nem do António Balona.
É um facto que a sua "extracção social" explica quase tudo. O resto do quase reside nas "opções ideológicas"
O velho Karl Marx ainda consegue explicar isso: "a existência precede e determina a essência". A opção é excepção. Lenine optou. Eu também.
Adelino Lopes
Tomem lá mais esta.
ResponderEliminarhttp://www.livingportugalproperty.com/Alccer_do_Sal/Setubal/Homes/Comporta/Agent/Listing_61960416.html
o que raio é uma Mafiapsicopatia ?
ResponderEliminarCamarada:custa muito olhar para dentro do partido e ver a mafia psicopata?
EliminarEntre PS e PCP/CDU venha o diabo e enterre-nos.Por causa de uns e doutros é que Alcacer chegou a isto.