O IV aniversário da Cripta Arqueológica do Castelo de Alcácer do Sal foi, devidamente, assinalado no passado dia 18 de Abril.
O executivo camarário quis assinalar este aniversário prolongando o horário de visita da Cripta até às 24 horas e promovendo um concerto como Coro da Universidade Sénior. No dia seguinte abriu ao público a exposição “Lucernas romanas”. Muito bem.
Enquanto isto, as obras da frente ribeirinha do programa RUAS continuam a decorrer… sem qualquer acompanhamento arqueológico!
Note-se, obras públicas desta envergadura estão obrigadas por lei a serem acompanhadas por técnicos de arqueologia que fiscalizem os trabalhos. O propósito é evidente, salvaguardar qualquer achado arqueológico que venha a ser descoberto na obra. Quem nos garante a nós que as máquinas que esburacam o “largo das camionetas” não destruíram qualquer preciosidade do Património arqueológico Alcacerense?
Mesmo que não esteja interessado em salvaguardar o Património arqueológico Alcacerense, o executivo sabe que a falta de acompanhamento arqueológico pode ser motivo para suspender as obras. Suspender as obras e, assim, encarece-las.
Já sabíamos há muito que este executivo camarário não tem qualquer política cultural, que menospreza uma das mais-valias económicas do nosso concelho, o património – por exemplo, que é feito do museu municipal? – mas tamanha incúria é demasiada! Como podemos defini-la?
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