quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Até quando a escravidão humana no século XXI?



Falemos dos desempregados e de como o fundo de desemprego os coloca no mercado de trabalho. É estatístico criar bolsas de trabalho e tratá-los como números! Não olham às profissões e praticam a cultura do medo, ameaçando com cortes se não aceitarem as suas propostas. O motorista vai para jardineiro, o jardineiro vai para motorista, o pedreiro para carpinteiro, o carpinteiro para pedreiro e por aí fora! O que interessa é que deixem de estar inscritos na Segurança social! São colocados em empresas, escolas, câmaras municipais, instituições…
Esquecem-se da parte humana que é o emprego para a vida, uma das grandes conquistas do século XX. Assinam um contrato normalmente por um ano, o empregador paga o subsídio de alimentação e transporte, o centro paga o restante. Fazem o trabalho de qualquer outro trabalhador efectivo até ao fim do contrato. Depois, nem um obrigado do contratador! Vem outro desempregado, nova bolsa, tipo “roleta humana”, mais “tráfico humano”, produzindo riqueza sem nada em troca!
Não tem regalias sociais, segurança social, férias, subsídio de férias ou natal, sem direito a horas pagas por lei, sem direito a contratação colectiva. Não têm sequer quem os defenda! Não podem ser sindicalizados porque os sindicatos não os aceitam.
Até quando os “POC” aguentam esta forma de trabalho desumano que faz lembrar as praças da jorna antes do 25 de Abril?
Não tenho dúvidas que são tratados como cidadãos de segunda, indo contra tudo o que está escrito na Constituição da República Portuguesa!

José Ramos, membro da Coordenadora do BE de Grândola

1 comentário:

  1. E se eles se lembrassem de cortar na casa deles...

    http://economia.publico.pt/noticia/governo-corta-subsidios-de-natal-e-ferias-a-funcionarios-publicos-que-ganham-mais-de-mil-euros-1516374

    ResponderEliminar